Triatlo da Amizade, Porterra.

13/07/10



A contar para a Taça de Portugal POrterra, o triatlo da Amizade teve a participação de muitos galegos, para além dos portugueses. Disputada na bela região minhota do Alto Minho, previa-se que a natação iria dar um segmento complicado se a corrente do rio fosse forte ou não se conseguisse contorná-la. A avaliar pelas prestações neste segmento, houve muita gente que se desorientou, "desfocou-se"  das boias de sinalização e  se "perdeu". Trinta minutos para fazer 750mtrs não é comum, o que a acontecer significa sempre que algo de anormal se passou. Do segmento de BTT desconhecia-se o perfil do percurso, e é pena que a federação descure este aspecto. Aqui e ali, aparece a altimetria dos percursos das provas em que o BTT representa o segmento do ciclismo, mas é muito importante conhecer, nesta vertente do pedalar, a altimetria do percurso. Será pedir muito? Seja como for, em Tomiño o percurso foi plano ou quase, e daí que não deveria ser necessário mais de uma hora, e já seria excessivo, para perfazer os 19,6 kms anunciados, mesmo considerando que antes se nadou contra o neto do Gigante Adamastor. 
Este ano, a vitória sorriu ao lado espanhol. Aliás, este fim de semana foi todo espanhol. Quase! Houve aí uns sete tugas que trouxeram um título inimaginável para Portugal, num desporto em que se pontapeia, dá-se palmadas ou agarra-se  uma coisa tipo ovo gigante, que nos troca os olhos quando nos arriscamos a persegui-la (a coisa). Mas, isso são outras estórias. Falava de Óscar Rodriguez, que venceu de forma categórica. Não tivemos a presença de José Ribeiro, que no ano passado defendeu o nosso orgulho. Paciência. Tivemos os putos do CN do Tejo para defender a honra da casa e estiveram à altura, sim senhor. Nove espanhóis contra onze portugueses, nos vinte primeiros. Que dizer? Uma palavra grande para o Emanuel Marques, essa jóia de pessoa, que está num enorme momento de forma, a alcançar o 14º L da geral e o 1º no seu escalão. Em grande. Nunca mais te agarro. 
No sector feminino, novamente uma vitória galega e igualmente com larga margem. Ainda assim, o triatlo de Almada ainda nos honrou, com a conquista dos lugares seguintes. A participação feminina deu um empate: das 14 atletas que participaram, 7 portuguesas e 7 galegas. 
Da gente amiga, destaco os representantes do Triatlo de Almada, Paulo Ferreira e Paulo Fonseca, um sénior, outro V1, que este ano entraram nestas andanças e vão evoluindo muito bem. Esta era uma prova ao seu gosto, já que são amantes do BTT. Ainda assim, o cansaço não lhes permitiu fazer melhor no segmento. Outra palavra para outro V2, que tem vindo a aparecer nos lugares cimeiros. Refiro-me a João Paulo Ferreira. Força nisso, João Paulo. Outra referência vai para o Tri-Braga, que tendo aparecido pela primeira vez em competições de triatlo, muito boa conta têm dado de si e com resultados muito interessantes. Além disso, estão em todas. Muita genica neste clube. Espectáculo! 
Quem também vai a todas é o Veteranos do Porto. E mais uma vez não falharam. Ele é triatlo, estrada ou BTT, duatlo, aquatlo, X-Terra, o que for...lá estão eles, sempre em força. Puro prazer.
Concluíram 89 atletas, devidamente qualificados, numa prova para a qual me resguardei (evitei duas provas de ciclismo no fim de semana anterior), mas uma vez mais a perna direita cedeu, a tempo ainda de cancelar a minha inscrição, e com dor não vale mesmo a pena sequer imaginar, quanto mais tentar. Continuo no meu calvário.


Bons treinos, pessoal. 


Nota: Grande classificação de João Pereira, este fim de semana, na 5ª etapa para a Taça do Mundo de Triatlo, em Holten, mais uma garantia de que o mundo não virou espanhol, nos últimos dias. Ele merece, porque é um grande talento, porque trabalha imenso, porque passou um mau bocado este ano e porque tem dentro de si a humildade dos campeões. Parabéns, João.

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