Duatlo do Jamor: Surprise, Surprise...

31/01/11



(Fonte: nutrimarkt.com)
Nem mais. Grande surpresa nos nomes dos vencedores, tanto em masculinos, como em femininos. E contrariando as expectativas que estão sempre criadas para uma primeira prova da época e num terreno onde sem dúvida o Lino Barruncho era dado como o super favorito, eis que surge um Miguel Arraiolos a dizer que "não senhor, eu também percebo disto do x-terra e calma aí, tenho uma palavra neste assunto". Agora, surge a grande dúvida: será que o Miguel Arraiolos irá manter a tradição dos dois últimos anos na qual quem entra forte, sai forte na época? Hmmm. Calma. Esta prova nem contou com a presença de todos os nomes que irão ditar cartas no panorama do triatlo em Portugal. Não é que fizessem lá grande coisa, até poderiam fazer, mas ainda se poderiam magoar. Para além disso, é uma prova com muita gente, muita confusão à mistura e não vá o diabo tecê-las. Acho que sim, que fizeram bem em se resguardarem. Mas o Miguel Arraiolos não deixa de se constituir como uma surpresa, também na forma autoritária, categórica mesmo, como venceu, porque até no segmento de btt esteve impecável, ao nível dos especialistas, caso do Marco Sousa. Para ganhar, não poderia deixar de ser. Beneficiou, é certo, de algum infortúnio do Lino, mas faz parte do jogo. Muitos parabéns, Miguel.
No sector feminino, a surpresa da confirmação da enorme capacidade revelada pela Patrícia Serafim. Parece uma contradição, mas eu explico. É que a Patrícia havia ganho na edição anterior, aqui há meia dúzia de meses (nem tanto). Mas, na altura poderá ter ficado a sensação de que teria ganho porque a concorrência não estaria à altura. Pois é, mas desta vez estiveram lá os pesos pesados do feminino, especialmente a Maria Areosa, que é umas das melhores atletas nacionais nesta área, e a Patrícia venceu novamente. Vinte segundos de diferença, mas convenceu. Mas, donde aparece esta menina? Ela é pujança, força, resistência, tenacidade, sofrimento...enfim. Será que irá continuar a aparecer em provas? É que iria dar uma maior competitividade ao sector, que se encontra carenciado, diga-se. 
Outro dado interessante nos homens é a presença, desta feita, de alguns sub23, e especialistas em triatlo, no topo da classificação. Muito bom. Fantástico também foi a presença de dois V1 no top 10; o inevitável José Ribeiro, este ano no Ext. da Benedita, e o Joaquim Lopes, do Amiciclo,que surpreendeu aquele. 
Por escalões, destaque para o V1 Joel Marcelino, do Peniche, uma vez mais a fazer uma grande prova, para um V2  individual inacessível,  até para os craques Luis Serrazina e António Horta: João Paulo Marques. Em V3 a coisa vai ser gira, vai. A avaliar pela amostra, e ainda com muita gente ausente, espera-se competitividade a rodos. Aqui, destaque para o atleta do Oímpico, Rui Campos, também inacessível.
Por equipas, uma grande vitória do Águias de Alpiarça, que bateu o pé ao Olímpico, que já estava habituado a vencer em masculinos. O Fonte Grada deixou promessas de que irá acertar contas no futuro com aqueles que lhes ficaram mais à frente. Um 12º lugar, a meio da tabela, é honroso, mas atendendo a que se verificaram algumas ausências significativas e que houve uns azares nesta prova que levaram ao abandono de dois atletas que iam muito bem posicionados, acaba por saber a pouco. Mas...está feita a promessa e deixado o aviso.
Em femininos, o Olímpico não deixou escapar o lugar maior do pódio.
Tudo isto num fim de semana também marcado por mais uma edição da meia-maratona Manuela Machado, em Viana do castelo, e onde pontificaram vários triatletas, cujas tempos prometem, ai se prometem. E esta é uma daquelas provas  em que a minha estreia fica uma vez mais adiada. 

Uma observação final: a sondagem falhou claramente no alinhamento dos potenciais vencedores desta prova. Bastou que não figurasse o nome do Miguel Arraiolos para falhar. Estamos sempre a aprender. 

Abraços triatléticos, companheiros.





Duatlo do Jamor: Previsão do Tempo, Lista de Inscritos e Resultados da Sondagem!

28/01/11




Estamos de volta (para mais uns disparates)! 
Já participei duas vezes no famoso duatlo do Jamor, agora inserido no X-Terra; época 99 e época passada. Tanto numa como noutra, o tempo esteve farrusco. Pouco ou nada de sol, portanto. Mas, dada a calendarização em 2010 para o mês de Outubro, os riscos de apanharmos com frio foram diminutos. Já o mesmo não se passa quando a calendarização atira a prova para o mês de Janeiro, como agora irá acontecer e como aconteceu em 99. Nesse ano, para além de algum frio (nada em demasia), houve acima de tudo uma noite que precedeu a prova marcada por um temporal do catano, a ponto de ter havido muito boa gente que nem lá pôs os pés. Estavam inscritos  acima de 800 atletas, participaram à volta dos 700. 
A despeito de Lisboa ser uma cidade temperada, o certo é que actualmente tem feito frio. Para além disso, as previsões apontam para a ocorrência de chuva. Se a isto se juntar o vento, está reunida a santa trindade da meteorologia. A verdade é que no Jamor nem se faz sentir de modo determinante o factor vento, dadas as características do monte. O mesmo já não se pode dizer da chuva, que se aparecer, especialmente antes e em abundância, irá marcar certamente a prova. Os problemas mecânicos irão condicionar muito boa gente e as dificuldades do percurso irão ser acrescidas. E já que refiro o percurso, a variante de Outubro passado irá manter-se, o mesmo será dizer que a prova será mais rápida que 99, muito à custa do segmento ciclista, muito embora a lama possa retardar a coisa. 
Mas, olhando para a previsão, parece que a chuva não irá efectivamente incomodar. Algum frio, sim. Nada que um bom aquecimento não resolva.
Outro aspecto interessante, é que começa a haver gente a optar pela bicicleta de ciclocross, em detrimento da de todo o terreno. Não sei das vantagens. Sei, isso sim, é que quem usufruiu obteve bons resultados. Um deles foi o Lino Barruncho, no duatlo de Santarém, também em Outubro passado. Na realidade, os percursos escolhidos para o BTT nas provas de duatlo organizadas pela federação lusa não têm sido dos mais exigentes, e portanto  a bicla de cross até que pode ser decisiva.

Sobre os inscritos, uma vez mais uma forte adesão. Há três aspectos que ajudam a explicar este êxito: 1º, ser a primeira prova da época; 2º, o lugar onde se realiza a mesma, e aqui também é determinante o facto de ser na área de influência da capital; 3º, a qualidade organizativa demonstrada pela Federação ao longo dos anos. É uma prova com características especiais, dado que reúne atletas de várias especializações: os próprios, isto é duatletas/triatletas, que não sendo exactamente os mesmos, aqui estão quase todos; os betetistas. Há muitos que fazem questão de participar neste evento. Aqui de Esposende sei de alguns que irão a Lisboa participar e é a única prova do género em que participam; o pessoal do atletismo, que usualmente participa nos eventos que por aí proliferam, fazendo também questão de marcar presença neste evento. Claro que partem em vantagem os duatletas; são uniformes nos registos de corrida e em btt. A seguir tiram vantagem os betetistas, porque sendo um segmento onde a diferença de velocidade é mais determinante, para além de ser um segmento mais longo, tiram bom proveito desse facto. 
Passando ao de leve pela lista de inscritos ( eu contei cerca de 500), há algumas novidades curiosas, como por exemplo a participação este ano pelo Sporting da bela  Katarina Larson; a transferência do Vasco Pessoa para o Águias de Alpiarça; o regresso do António Horta (Praças da Armada); será que aquele Miguel Fernandes do Alhandra é mesmo quem estarei a pensar? se for, é mais uma grande novidade; a ausência, desta lista, do João Silva, que este ano irá representar o Sporting; assim como a ausência, uma vez mais desta listagem, do Bruno Pais (Benfica) e do João Pereira (Alhandra); a ausência quase total dos clubes do norte; e claro! a presença maciça do Fonte Grada, excepção feita à minha pessoa e ao António Moura, um dos grandes nomes do escalão V3.
E assim parece que está tudo pronto para que nada falte ao Lino Barruncho, sector masculino, e Maria Areosa, sector feminino, para...vencerem. Por coincidência, ambos do Olímpico de Oeiras.




Sobre as sondagens, uma primeira análise: congratulo-me com a adesão verificada. Foi a primeira vez que uma sondagem aqui produzida obteve uma adesão de 18 votantes, no caso sobre a pergunta "Jamor, quem irá vencer?". A sondagem sobre "quem irá dominar a época 2011 de triatlo, sector masculino?" teve esta coisa curiosa de após uma adesão ao nível da sondagem anterior, vários votantes terem retirado o seu voto. Tenho uma justificação, mas será que vocês podem aqui deixar as razões da retirada do vosso voto?
Segunda análise: parece que ninguém contesta a superioridade do Lino Barruncho no panorama do duatlo em Portugal, para mais na variante X-Terra, onde é realmente muito forte, porque muito completo. Para mais, parece que os triatletas que poderiam fazer-lhe frente estarão ausentes da contenda no próximo domingo. O que se compreende. 
A sondagem sobre os nomes que cintilarão mais alto em 2011, aponta claramente para o nome de João Silva, o que é natural dada a sua idade, ainda com muito para dar, e dada a evolução verificada no ano anterior, relativamente à qual poucos arriscarão contrariar.
A questão da ausência do Bruno Pais  da sondagem deveu-se a duas razões, uma mais forte que a outra. A 1ª prende-se com o seu enquadramento em novas funções, agora técnicas, junto da equipa técnica nacional. Quando tive conhecimento desta situação, fiquei com a nítida sensação que o Bruno tinha optado por outra via no triatlo. Pode ser a prazo, mas a opção está lá. E por muito que se queira olvidar, já houve tempo em que o treinador poderia também ele ser jogador. Resultou quando em terra de cegos, quem tinha olho era Rei. Com a forte especialização na área do treino, e pese todo o empenho que o Bruno queira entregar à competição, não me parece estar em igualdade de condições com aqueles que apenas terão de se preocupar com treinar e nada mais que isso. Depois, sendo o Bruno um triatleta por opção (já no ano passado não participou no Jamor) e competindo, a sua escolha recairá no triatlo e nesta área tem sérios rivais de sangue novo na guelra, empenhados apenas em render, render...Parece-me, isso sim, que a sua ainda manutenção na alta competição se deve mais a apadrinhar os novos e a aconselhar os que lá irão chegando. O que não será nada mal pensado. É verdade que o Lino estará na mesma situação, mas este é uma "velha raposa" do duatlo e nesta área é líder empenhado. A segunda razão tem a ver com a sua legitima opção pela  constituição do seu próprio núcleo familiar (foi pai este ano que passou). Mas, claro que o Bruno Pais ainda é um sério candidato nos eventos onde participe e poderia muito bem figurar na sondagem.

Boa prova para todos vós e façam o favor de se divertirem.




Nota: onde se lê 99 deve ler-se 09. Obrigado, David.


Acção de Formação Sobre Nutrição para Triatletas

26/01/11



Ora aí está uma muito boa notícia oferecida pela Federação de Triatlo; a organização a Norte, atente-se!, da formação em nutrição específica para triatletas. Sem querer repetir a informação que a entidade citada divulga no seu sítio online, mas apenas para reforçar a sua divulgação, dada a importância da temática, a formação terá lugar em Gaia, na Associação Vilanovense - Auditório da Liga, no próximo dia 27 de Fevereiro ( um sábado) e terá a duração de 4 horas. E tem alguns aspectos interessantes que fazem reforçar os motivos que vivamente saúdam a realização desta iniciativa, como por exemplo "convidar" os encarregados de educação a inscreverem-se, o que considero crucial, assim como o custo da inscrição (€5), quase como carácter simbólico. As inscrições estão disponíveis até dia 22 de Fevereiro.
Eu quero estar presente.

A seguir, seria muito bom a realização da edição do curso de treinadores, nível I, ok? É que a Federação está em falta com o pessoal cá de cima. Pensem nisso a sério, federativos.

Abraços triatléticos!


Não Há Bem Que Sempre Dure, Nem Mal Que Não Acabe

25/01/11





Também podia ser ..."Tenham Pena de Mim - Part II". Não, este não. Porque não se trata nada disso, mas gostava de vos dar a conhecer um pouco do que tem sido os meus últimos tempos em matéria de ocorrências. É que não há explicação que abrange tudo o que me tem acontecido. 

Começando; fim de semana passado recebi um convite para fazer um treino de BTT com um grupo de craques e meios craques da coisa, os da JUME. Participam no campeonato XCO Regional do Minho, onde há atletas de enorme valor, entre eles o Campeão Nacional Veterano B, entre vários campeões regionais, alguns que fazem parte precisamente da JUME, e onde já participou o Leão, essa excepção do BTT. Foi só para dar uma ideia de como está evoluída a prática do BTT cá por cima. O treino previa um início tranquilo, onde pontificavam alguns miúdos, e intensidade pelo meio, num circuito previamente estabelecido, acabando depois com uma horita a dar-lhe bem, aí pelos montes e vales, que os há em belo efeito. Bom, fazia frio pelas 8h45', tempo de encontro e um cafézinho numa das lojas do bairro deu para aquecer um pouco. Com o erguer meio radioso do Sr. Sol, até nem parecia que estavam cerca de 3º positivos. Não estava mal, não senhor.
Lá demos a voltinha inicial, com uma pulsação abaixo dos 110 bpm...eheheheh...nem dava para aquecer, mas "espera que não demora". O grupo tem pessoal encarteirado no ofício e então reuniu-se a contenda para traçar o percurso e a estratégia: uma volta de reconhecimento, segunda volta a 200 à hora, formação de grupos de nível, mais última volta em recuperação. Ok, d'acordo. E lá fomos. Adoro os trajectos, mas havia muitos paus perdidos nos troços e a páginas tantas intrometeu-se um daqueles entre a roda traseira e a transmissão. Lá saiu. Passado pouco tempo outro atrevido da mesma família fez-me o favor de partir uma peça mecânica que me arrumou logo todo o plano de treino, regressando a penates para casa. Valeu não estar muito longe.
Se vos disser que desde Setembro parti dois raios (coisa rara, disseram-me), furei 4 vezes, rebentei um pneu à meia dúzia de dias, o que me fez andar quase uma hora a pé até casa às nove da noite (e tive sorte), tive de adquirir uma transmissão totalmente nova, tudo em estrada; parti ainda as fivelas das correias do capacete, inutilizando-o. Depois, foi aquela coisa do pneu em Santarém. Descobri que falta um dente na pedaleira da mesma bike. E as queixas com o corpinho que já referenciei. 
Bom, admito que também ajudo à festa, ok. Até concordo, terei a minha parte de culpa. Mas, tanto???? É pá, já chega, não???
Há uma coisa que se chama "teoria das séries", mais ou menos em acordo com a teoria matemática, e que diz que há uma tendência para se sucederem uma série de eventos do mesmo tipo num determinado espaço de tempo. Recordo-me de um exemplo; que no ISEF de Lisboa, quando parti um pé, logo passado pouco tempo houve vários colegas, na altura, que sofreram acidentes que os obrigaram a usar as famosas muletas, como eu. Aquilo até parecia ter-se transformado num Centro de Recuperação. Dou comigo a pensar se isto não será apenas superstição ou imaginação. 

Acho que terei de deixar passar esta fase e esperar pela bonança ou melhor...por uma boa série. Este fim de semana tinha previsto participar no Duatlón Cross de Beariz. Olhando para a classificação, fico com pena de ainda não estarem reunidas as condições necessárias, porque se calhar...Vamos ver daqui a 15 dias. 

Até lá, vou estar atento à 1ª Etapa da Taça de Portugal PORterra, no Jamor, e especialmente a alguns meninos do Fonte Grada.

Até breve, companheiros. 


Assim Me Sinto...Cansado!

20/01/11





Após um final de época apenas com aquela queixa do planta do pé, mas que apenas me limita a partir de um determinado volume de corrida, eis que me vejo a "andar à nora" novamente, desta feita, imagine-se! por causa do gémeo esquerdo.
Como podem imaginar, não é fácil vencer as contrariedades relacionadas com impedimentos musculares sem sofrer as devidas consequências. E estas fazem-se sentir ao nível do querer e da motivação para continuar a insistir em algo com a qual os deuses parecem não estar para aí virados. Uma coisa será ter uma limitação, saber exactamente a razão da sua existência, identificar o caminho a seguir para a ultrapassar e vencê-la ou ela vencer-nos a nós. E ponto final. Outra, é o mais que imperfeito desconhecido. De forma que o desgaste emocional provocado pelos sucessivos e variados impedimentos, mais as alegrias das suas ultrapassagens, provocando ao longo do processo euforias e frustrações, esperanças e decepções, intercaladas entre si, como se acordassem uma estratégia para me demover de uma prática que, quando equacionada já se sabia que teria, para ser bem sucedida, que vencer esta "coisa" dos meus gémeos, está a dar cabo de mim. É apenas um simples acto de correr. Sem pressa, sem tempos, mas com tempo. Acessível à esmagadora maioria dos mortais, encontrando-me eu precisamente do lado da esmagadora minoria, mas que não consigo levar a efeito de modo cómodo, sem tretas. 
A semana passada aproximou-se do que é uma semana normal para mim, considerando os meus objectivos, um pouco acima dos1000 minutos de treino, portanto. De acordo com o "prometido" no rescaldo da época passada, teria tudo para arrancar finalmente para uma época normal, Qual quê! No arranque, uma semana apenas bastou para voltar a ser coberto pela sombra do desespero, confirmada por mais de um mês sem poder correr. A motivação, depois de deambular pelos socalcos dum espírito meio incrédulo, meio ou muito desanimado, lá voltou, não sem lutar contra todas estas incidências. Presentemente, sinto-me motivado para treinar, competir...mas, já não me sinto com muita vontade para lutar novamente contra tanta contrariedade. Acima de tudo com uma contrariedade que, não tendo explicação, embora tenha de haver, difícil é percebê-la. Então, eu que andava tão bem do gémeo esquerdo, agora que o direito está fino este gajo resolve estragar-me todos os planos? Não tendo feito nada para que isso ocorresse? Santa paciência! 
Por tudo isto, começo a ficar cansado; cansado de ir dar ao coiro na piscina, metros e mais metros, cansado de deixar a companhia da mulher deixada solitária no aconchego dos lençóis para ir pedalar 4/5 horas seguidas, logo nos dias destinados à partilha do casal,  cansado de despender dinheiro em prol da perseguição de objectivos quando seria tão fácil um fim de semana a dois, várias vezes ao ano, em vez de pneus novos, substituição de câmaras de ar que furam ou ténis com novo piso ou etc...Ao fim e ao cabo, cansado de teimar em fazer aquilo que o meu corpo, ou uma parte dele, parece não querer que eu faça.
Já não é apenas uma questão de persistência. Passou a ser igualmente uma questão de vida sã com práticas sãs, que o deixam de ser quando o deixamos de sentir.
Não vou resistir por muito mais tempo. Não irei teimar contra o que teima em reduzir a cinzas a minha alegria, o prazer de viver. Se não dá, deixo e procurarei outras formas de ser feliz.
Portanto, não estranhem se um destes dias em anunciar a minha renúncia à prática do triatlo. Mas, compreendam-me; não posso continuar a insistir contra o que não quer que eu insista.

Que saudades das queixas da planta do pé, apenas.

Abraços triatléticos, companheiros.


Quem Será Quem Em 2011?

13/01/11




Aproxima-se a primeira prova das competições oficiais organizadas pela Federação de Triatlo de Portugal e com ela uma pequena demonstração do nível em que se encontrarão as estrelas maiores da modalidade. Muito embora nem sempre participem nos eventos de duatlo, acontece que quando a primeira prova é precisamente um duatlo, como irá acontecer no Jamor, no próximo dia 30 do corrente, é usual verificar que todos participam, com muito poucas excepções. Serão as saudades da compita, será o facto do evento ser no Jamor, onde muitas vezes estagiam e onde o percurso é muito atraente, será o desejo de aquilatar do nível dos adversários, seja por estas ou por estas e mais outras razões, o certo é que normalmente estão todos lá.
Dentro do sector masculino,  pude constatar há dois anos do elevado nível com que o Bruno Pais venceu a edição de então no Jamor. Embora num percurso diferente, o certo é que foi o único a conseguir bater Lino Barruncho (o grande especialista português em duatlos BTT) nos eventos realizados no Jamor. E essa prestação, juntamente com a vitória soberanamente alcançada, deu início a uma época extraordinária do atleta do Benfica, época essa onde não teve rival no panorama nacional.
No ano passado deu-se algo idêntico, embora com personagens diferentes e em lugares também eles diferentes. Isto é, João Pedro Silva venceu no duatlo das Lezirias e deu o mote para uma época também ela extraordinária, igualmente sem rival entre portas e com classe mundial demonstrada fora de portas, tendo até alcançado um título de grande nível - Campeão Europeu de Sub23.
Se a tradição se mantiver e todos estiverem presentes, dá vontade de afirmar que quem vencer nesta primeira prova nacional irá dominar a época 2011. Bom, não quer dizer que assim seja, mas esta prova do Jamor dará uma indicação forte sobre o nível de preparação em que se encontram os diversos atletas nacionais. Disso não tenho dúvidas, desde que...lá compareçam, o que eu acredito acontecerá com a maioria.

E a curiosidade agora será suspeitar de quem entrará em grande em 2011.
Este será o primeiro desafio que vos deixo. 
Será o próprio João Pedro Silva ou João Pereira? Ou Miguel Arraiolos? Ou Miguel Fernandes? Ou João Serrano? Ou Ruben Costa? Ou Hugo Ventura? Ou Duarte Marques? Eu acredito que os jovens de ontem jogarão cartas fortes este ano, mas talvez não seja ainda no Jamor que muitos deles consigam mostrar alguma forma, porque não é o seu meio natural e  assim sendo irá ser necessário aguardar lá mais por Março para se saber quem é quem esta época, quando o nado fizer parte dos percursos a vencer.  

O que faz resultar uma segunda questão: quem irá vencer no Jamor? É que há um candidato natural a vencer no Jamor- Lino Barruncho. A idade ainda lhe permitirá ambicionar uma vitória mais. Mas, terá rivais: Luis Almeida, José Veiga e Sérgio Silva, para além de alguns dos nomes citados anteriormente, concretamente: João Pedro Silva e João Pereira.

Para mim, ainda será cedo para destronar João Pedro Silva do trono, apesar do João Pereira...

Deixo-vos a sondagem na barra lateral.

Abraços triatléticos, companheiros.


Randonneurs em Portugal.

10/01/11




Domingo, enquanto esperava pelos comparsas de treino, deparei-me com um cartaz que anunciava esta coisa do randonneurs em Portugal. E fiquei curioso.
De que se trata? Na prática, é mais uma forma de captar o vulgar cidadão para, através da sua prática desportiva regular, eventos de ciclismo de longa distância e sem carácter competitivo. Quem participa terá de estar habilitado a ultrapassar distâncias iguais ou superiores a 200 kms, cujos percursos estão previamente estabelecidos e durante os quais o participante terá de carimbar o seu brevet, entregue no início do evento, nos anunciados postos de controlo. Para além do aspecto não competitivo, o regulamento estabelece igualmente a necessidade de se efectuar os percursos em autonomia. Isto é, apenas nos postos de controlo poderá ser fornecida ajuda, a necessária.
Este ano ocorrerá o rei dos eventos do género, o Paris-Brest-Paris, entre 21 e 25 de Agosto, na distância  total de 1200 kms. Quem quiser participar, terá de cumprir até lá eventos nas distâncias de 200, 300, 400 e 600 kms. 
Em Portugal estão anunciados os seguintes eventos:


  1. 26 de Fevereiro, Tejo-Sorraia-Tejo, 200 kms
  2. 19 de Março, Planícies e Montados, 300 kms
  3. 16 de Abril, Alqueva, 400 kms
  4. 28 de Maio, Portugal na Vertical, ?
  5. 11 de Junho, Alto Minho, 200 kms
  6. 23 de Junho, Portugal Além Tejo, 1000 kms
Não foram referidas as horas de partida de propósito. Quem estiver interessado, pode fazer uma pesquisa e facilmente encontrará mais informações sobre este tipo de eventos. Vão ficar surpreendidos como estes eventos andam a mexer por esse mundo fora.

Abraços triatléticos, companheiros.

 


Regresso aos Treinos: Tentativa Dois!

06/01/11



bailes que simplesmente não gosto de frequentar. Neles gravitam danças difíceis de dançar. É mesmo uma questão de contrariedade. 
Este inicio de época volta a tramar-me as contas. Por estas alturas já deveria ter concretizado algumas S.S., uma ou outra incursão pelo BTT, visitar alguns treinos mais longos. Mas, nada. Tudo porque uma semana após o recomeço, e depois de muito boas indicações na corrida, mais o prazer que sentia em finalmente! poder estar nas quatro frentes do treino, uma dor no gémeo são ( eu também não acredito), o esquerdo, acabou por me levar para um beco do qual espero em breve sair. Nem a fisioterapia me valeu, lamentavelmente. Para uma contractura, foi tempo demais. Conclusão: terá sido apenas uma contractura?  É uma dor da treta, mas suficientemente persistente para me levar a um ataque de nervos. Pelo meio, veio uma gripe, mais as tentativas frustradas de regressar à corrida, mais um período doentio, mais uma grande decepção e a inevitável desmotivação associada, também ela doentia, a piscar o olho à depressão. Pela cabeça, voltam os pensamentos mais angustiantes. Até este cantinho sofre. Mas, o tempo é um grande conselheiro.
Não é tarde, não senhor. A época é longa. A questão é...porquê? mas, porque tem de ser assim? Não há respostas. Já procurei saber, já Lhe coloquei todas as questões. Fiquei sempre sem resposta. 
Este será definitivamente o meu grande nó-górdio e terei de saber viver com ele.

Agora, Jamor já era. Verdade, verdadinha é que poupo nas deslocações. Há sempre algumas vantagens associadas. Temos de ver as coisas também por esse lado. 
Aponto o meu regresso para Alpiarça. Lezirias não gosto, confesso. Nem é BTT, nem é estrada. Depois, tem aquela corrida que não acho piada alguma, de ir e voltar, tipo boomerang. Acho que não perco grande coisa. Gostos, dirão e com razão. Alpiarça, portanto. E a seguir é só escolher, tantos serão os eventos. Dúvida; quantos irão ser cancelados até lá? É que eu estou muito pessimista sobre a garantia das verbas a disponibilizar para levar avante algumas das provas anunciadas. A ver vamos. 
A verdade é que enquanto não me sentir acondicionado, não sinto falta da competição. A seu tempo.

Abraços triatléticos, companheiros.