V4

29/01/16






Lembram-se da V5? "O  motor era a sua principal arma e foi esse elemento mecânico que construiu a reputação da marca ao longo dos anos. As suas linhas desportivas caracterizaram-na das restantes e fizeram dela única. A sua imagem fazia antever velocidade e aerodinâmica,  mas toda essa velocidade tinha um preço que foi pago por alguns que a conduziam na altura e morreram na estrada devido em parte à sua velocidade que superava os 100 km/h fazendo dela a motorizada mais rápida do mercado português na altura e até em comparação com as actuais motorizadas japonesas." 
Ok, não exageremos. Aliás, o meu motor ainda é apenas V4...isto quer dizer que ainda me faltam uns anitos para definhar o motor :). Porém, este poderá vir a ser um ano complicado em termos psicológicos. Repare-se, uma mudança de escalão nestas idades traz sempre consigo uma vantagem; ser o noviço, isto é, encontrar uma disponibilidade superior aos companheiros mais entradotes.  A idade não perdoa e nesta fase da vida, cada ano é por si só uma vantagem ou desvantagem (como o copo meio vazio e meio cheio). Porém, nem sempre as coisas são assim tão líquidas, digamos. E há por aí os tais entradotes com muita qualidade. 
Onde eu queria chegar é precisamente na questão do auto controlo emocional. A questão dos prémios, e etc, nas provas são um exuberante doping que por vezes nos faz superar, por força do inebriante poder que tem sobre a motivação, sobre a nossa psique, sobre tudo aquilo que nos faz galvanizar para além da consciência das nossas limitações; as que temos no presente, as que nos fazem ser cautelosos e as que trazemos há muito.
Acima de tudo, gostava de ter um ano desportivo sem angustias e decepções. Numa palavra: correr!! Nesse sentido, esquecer que há "bonificações" pelo desempenho desportivo é fundamental. Vamos ver se consigo levar por diante esse desiderato. Além disso...já tenho idade para ter juízo.
Estou em fase de adaptação, a ultrapassar um conjunto de circunstâncias que me condicionaram nos últimos meses; a mudança de ambiente, logo de trajectos, percursos, trânsitos, urbanidade, trabalho...e das limitações físicas. O plano passa por ir começar a sentir o fervor do sangue nas veias, o rubescer nas faces, a respiração sem tréguas...através do BTT. A corrida irá continuar o seu plano; mais um mês a "tricotar" as pernas até fortalecerem o suficiente para suportarem a pressão duma competição...

ET voilá!

Companheiros, abraços triatléticos...eu vou ver-vos por aí ;)


O Regresso????

26/01/16





Dizem que não é fácil o amor e é bem verdade. Por vezes, não se consegue viver com ele e não se consegue viver sem ele, sempre. 
O processo de adaptação aos meus condicionalismos físicos têm passado por várias vicissitudes. A última foi escamotear a corrida nas distâncias curtas. Má experiência. Melhor, experiência incompleta. Não há triatlo sem corrida. Ponto!
Agora, nova adaptação; reduzir o limiar da tensão...muito. E procurar ser feliz a correr. Há que dar tempo e ir observando os resultados da adaptação. Há sempre a esperança de que agora sim, mas a noção clara de que o que foi não volta a ser. Lá diz a canção e é bem verdade... Que se lixe. E talvez assim este espaço possa reganhar vida. Muito devagarinho, devagarinho...

Seja como for, corre-se há um mês, nesse ritmo alucinante de 6'/km, mas a alongar as distâncias e a prolongar o tempo. Há muito tempo que não corria 45' non stop. Sim, estou feliz!! Os restantes segmentos também acompanham. O pedalanço é que...aos poucos. Não é de todo fácil circular numa cidade de mais de 50.000 habitantes, numa mancha urbana ainda maior e com imenso óleo no asfalto! A reinserção está a fazer-se, mas não tem sido fácil.

A sobrevivência deste blogue está intimamente ligada ao sucesso do regresso à modalidade, como é bom de ver. A esperança tem vindo e ido, vindo e ido, e não tem sido fácil suportar tanta adversidade.

Obrigado, Jony, por me relembrares que o "endurance" tem valor, muito valor.

Companheiros, abraços triatléticos....mas alguém ainda lê isto?????