Vencedores Absolutos |
Tenho tido a possibilidade de participar em todas as edições do evento em título referido, e digo isto porque na realidade é uma prova com carateristicas próprias e que me dá gozo fazer, mesmo considerando que as distâncias nos deixam um travo amargo na boca por tão curtas serem. Ainda assim, a qualidade da organização, que não estando isentas de falhas (já lá vamos) será igualmente um chamariz para os triatletas que vivem acima do Douro, ou perto, mas também para aqueles que sempre desejaram fazer o seu batismo na modalidade. Recordo-me que na minha primeira aventura de triatlo, coincidente precisamente com a 1ª edição deste evento, percorri todo o segmento de corrida a pé, como era suposto, bem entendido, mas a andar. Uma maratona de BTT no dia anterior tinha-me fragilizado de tal maneira que a minha perna esquerda simplesmente bloqueou.
No ano passado já consegui fazer tudo direitinho e concluí a coisa em 32' mais uns pós, exatamente como este ano, apenas com a circunstância de que 2011 teve um percurso de ciclismo um pouco mais longo, cerca de 2 kms. Este ano consegui ser o 1º V3 a cortar a meta, na companhia de dois grandes amigos destas andanças, ainda no escalão V2, no caso o José Calheiros, que este ano fez uma prova excepcional, comparativamente aos outros anos, e o caso do João Paulo Ferreira, atleta dessa simpatiquíssima Académica de S. Mamede que parece reunir só gente boa.
A prova foi engraçada, apesar do tempo este ano ter suprimido o calor. Algum dia teria de acontecer. O ciclismo terá sido o meu melhor segmento. A natação quiçá o pior, já que sem fato isotérmico as minhas performances caiem bastante e embora não tenha saído demasiado atrasado para o trio de V2 que seguia no ciclismo, foi o suficiente para ter de correr atrás do prejuízo. Mas, o pedalar saiu-me bem e por pouco não acabei junto do famoso trio. Na corrida o Paulo Neves, que havia saído bem à frente do trio na transição, estava inalcançável. De forma que só me restava ir com o João Paulo e com o José Calheiros que estavam mesmo ali ao alcance do meu braço. O segundo ainda o consegui ultrapassar, mas o primeiro destes dois estava no meu ritmo e não foi fácil. Assim, acabámos com uma diferença curta entre nós, comigo "entalado" entre os dois. Ainda no segmento de corrida, a páginas tantas percebi o que é realmente uma passada de corrida digna desse nome; o atleta do Amiciclo, Joaquim Lopes, "explicou-me" em visual mode como de facto se deve correr para poder alcançar os meus parcos objetivos na meia-maratona e maratona. Espetacular!
As falhas da organização foram, em minha opinião, essencialmente duas, mas as suficientes para baixar uma eventual classificação de excelente para o suficiente. Eu explico; não providenciar tapetes na fase de corrida para a reentrada na piscina é uma falha grave. Será necessário alguém partir um braço ou uma clavícula para que futuramente isso não volte a acontecer? Em casa roubada, trancas na porta?...não há necessidade. Claro, depois temos aquela imagem aberrante de ver a organização a pedir que corramos com calma numa zona perigosa e no âmbito de uma competição, onde todos vão na ganância legitima, por isso se inscreveram, para chegar o mais rápido possível. O segundo aspeto já havia aqui alertado e tem a ver com as lombas na estrada. Que raio? Não se trata de apenas organizar provas, é também necessário providenciar as condições para que as mesmas contenham em si o menor risco possível não só para os atletas mas igualmente para os materiais. A minha bicla não é nada de especial, mas para os outros. Para mim custa-me muito ter de desembolsar o valor de uma roda se se partir um raio de um raio! Mesmo que a vida estivesse fácil, custaria sempre. A este assunto hei-de voltar, mas deixo aqui o alerta para que futuramente se pense nas condições técnicas de segurança para todos os intervenientes Não há condições? Temos pena, agora há que fazer alguma coisa por melhorar o nível de organização seja de que evento for, mesmo que se trate de um regional.
O convívio foi uma mais valia, o que vem sendo hábito e que faz da competição em si uma festa, no sentido em que relativiza tudo o resto; resultados, performances, narcisismos, por aí...A finalizar, uma palavra de apreço para a Vanessa Fernandes, que marcou presença e apadrinhou uma vez mais esta prova e com quem troquei umas palavras e pude constatar que aos poucos a coisa pode lá ir. É bom sabê-la novamente por dentro do assunto.
Ainda terei mais coisas para contar, mas do evento de domingo. Até já, companheiros, e abraços triatléticos.
3 comentários:
Próximo domingo vou fazer a minha estreia no triatlo, precisamente numa S-Sprint em Abrantes. :)
Só me preocupa não cumprir alguma regra. Apesar de ter feito várias provas de cada modalidade nunca fiz nada misto. Ainda no outro dia é que soube que não posso ir à água de tronco nú. Se não tivesse perguntado num fórum já corria o risco de ficar à porta.
Cumps,
Arzebiu,
Deixa que o bichinho te mordisque forte. Acho uma excelente ideia começar pelo nível introdutório, digamos. O resto só Deus sabe, mas olhando a experiência de muitos, eu incluído, adivinho muitos mais. Esse o desejo.
Olha, votos e muita diversão e boa sorte para Abrantes. Uma coisa; evita a confusão na partida, mesmo que tenhas de ir numa "segunda vaga". Nada pior no começo do que um valente susto num meio que nos é adverso. Fico à espera do balanço. :))
Abraços.
Aqui está o relato:
http://www.arzebiu.com/2011/10/03/triatlo-de-abrantes/
:)
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