Sabes? Foi tão bom!...Há tanto tempo que não...tempo demais sem...mesmo fantástico. E vai ter de ser assim; adequar às nossas possibilidades. Não há outra forma. Ontem, o estado de degradação era tal, que só as orelhas e outras coisas mais, poucas, não doíam. Estava impróprio para consumo. Mas hoje...já lá fui e caramba! sinto-me a regressar aos velhos tempos ou tempos em que fui menos velho. Qualquer coisa assim.
A prova...é pá! fenomenal!! Estava com receio do segmento onde se mete água e com tanto receio de meter água estava a modos que ansioso. Aqui e ali recortado e atenuado pela redescoberta de bons e antigos companheiros. Os cumprimentos do costume aliviavam a tensão crescente. Não esperava tamanha ansiedade. Tinha medo das patadas, das cotoveladas, dos esmurraços...tinha medo de ir ao fundo, caramba. Pronto! Decidi ir tranquilo, de trás para...qualquer lado. E assim foi. Quando comecei a ver os primeiros madalaicos a desaparecerem na água, pensei...é a minha vez...tenho o corredor aberto. É o que mais me assusta; levar um valente cagaço num meio que não é o natural. Mesmo que sustentado por um fato à prova de afogamento. Supostamente. E passou-se. Vem o ciclismo e ao contrário do habitual, as coisas correram bem no arranque. Aparece-me um companheiro de antigas lides, o Emanuel Matos, e toca de ir com ele. Estava formado o grupo, mais outro de verde cujo nome desconheço. Aos poucos o grupo foi aumentando e a pressão nos quadricipetes agigantando. A competição treina-se competindo. Não há outra forma. Mas aguentei-me. Procurei ajudar e ajudei e lá vem a verdadeira incógnita. A ansiedade já tinha ido ao cabo de meia dúzia de braçadas. Agora instalava-se a dúvida, mas a cabeça estava feita: o que for será. Um ano e meio após a última competição à séria, isto é, Longo de Caminha, estava de regresso à competição de entrada no reino da tribo. O ano passado participei na aberta...e doeu, mas, esta é diferente. A primeira volta foi de aguentar e às tantas dei por mim a contar espingardas. Que mania esta!! Não havia hipótese. Fazer 23' e tal em 5 kms nunca me tinha acontecido. Foi o que deu. Melhor que isso, só...treinando. Bom bom, foi poder fazer a prova e até ser competitivo q.b. (4º no escalão, nada mau).
A alegria de volta ao momento das estorietas após prova, junto daqueles que entendem o que isto é, numa palavra - fantástico! Se há competição onde o convívio é muito bom, esta é a tal. Adoro.
O pior estava para vir; o trem inferior começou a ceder à medida que a adrenalina foi baixando. O ácido láctico, esse malvado, foi-se instalando a seu belo prazer e o rescaldo foi um empeno que há muito não conhecia. Não estou treinado. Mas, estou feliz. Esse o objectivo principal.
Uma palavra para a organização. Acho que está mais profissional, mais certinha, mais cuidada. Por vezes irrita, mas tem de ser. Outra para a cidade de Esposende, que decidiu abrir o concelho à modalidade. É a 4ª edição e está cada vez melhor. Parabéns, Dr. Rui Pereira. Parabéns à cidade que parece estar sempre em festa, seja no inverno, seja no verão. É possível vir a ter saudades, é possível...
Um agradecimento à minha querida amiga Anita pelas fotos. Obrigado por tudo.
E agora? Pois é; Tri cross de Abrantes. Ah! carago...está na altura de apresentar o triatlo à roda 29''.
Companheiros, foi um prazer rever-vos. Até breve.
Abraços triatléticos.
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