A 3ª Etapa do Campeonato Nacional de Triatlo Longo, disputada em domingo último, na localidade de S. Jacinto, paredes meias com a belíssima cidade de Aveiro, revelou, em termos gerais, que os triatletas portugueses, de lés a lés, isto é, profissionais e amadores, jovenzinhos e velhinhos, estão a dedicar-se à sua preparação de forma cada vez mais eficaz, fato comprovado pelos tempos registados. O que cria uma expetativa muito interessante para os Europeus A-G, a realizar proximamente em Pontevedra, Galiza.
Os vencedores são sobejamente conhecidos, mas não posso deixar de reparar na excelente prestação de Hugo Ventura, que poderá ter dado excelentes indicações para as variantes mais longas da modalidade. Ele que é um atleta de grande capacidade de sofrimento, poderá seguir as peugadas de Pedro Gomes e, quiçá? juntar-se-lhe na projeção do triatlo português além fronteiras. Este vaticínio está imbuído apenas da minha reflexão pessoal, já que anda falei com o Hugo. Acredito também que a sua vida académica possa falar-lhe mais alto. É que medicina e triatlo rivalizam, e de que maneira, na disputa do tempo. Seja qual for a sua decisão, será bem sucedido, acredito.
Outro destaque vai para o meu companheiro de clube, o V3 António Moura, cuja prova foi fantástica, com um tempo de invejar muito boa gente mais nova. Depois, é como já escrevi; muitos atletas em grande forma.
A nível feminino, a Vanessa Pereira confirma-se como uma referência no género e na variante longa. O nosso País tem falta de mulheres a este nível. Vamos ver o que o futuro nos revela.
Agora, quero referir um aspeto que considero de discussão relevante. Esta semana a nossa federação anunciou oficialmente o cancelamento de várias provas que se encontravam inicialmente agendadas, algumas já não terão sido novidade. Porventura, estará na altura de os clubes, juntamente com as entidades locais, municipais e/ou outras, organizarem-se para promoverem provas que de outro modo irão desaparecendo do mapa triatlético nacional. E falo concretamente de provas de longa distância, mesmo considerando os aspetos logísticos que lhes estão associados. O repto que lanço daqui vai precisamente nesse sentido. S.Jacinto comprovou que o triatlo longo cada vez tem mais pernas para andar, em Portugal. Faltam mais eventos. A experiência relatada por aqueles que vão estando presentes é de satisfação plena pelos efeitos psicológicos que esta distância proporciona. E a propósito, recordo aqui uma interessantíssima iniciativa que o Peniche AC levou por diante no ano passado e que mais não era que um triatlo longo.
Também não sei se para oficializar este tipo de inciativas ou simplesmente melhor agilizar a organização de eventos e outros aspetos relacionados com a modalidade, se não seria igualmente interessante fundar uma associação de triatlo em Portugal, promovendo assim o associativismo entre as gentes da modalidade. Enfim, acho que a inciativa privada pode ter uma palavra a dar nestes tempos de crise. Não vou querer alongar-me muito mais, até porque ao refletir sobre o calendário ressaltam-me outros aspetos importantes que merecem ser esmiuçados. Mas, vou deixar esses aspetos para outras "núpcias".
Até breve, companheiros.
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