Após uma noite muito bem dormida, para mim, em Belorado, eis que nos fazemos à estrada para voltar a parar, para comer,numa estalagem, a de S. Rafael, onde viemos a conhecer uma proprietária plena de entusiasmo e energia para dar e vender. Muito dada ao negócio, mas também excelente conversadora, proporcionou-nos um momento muito gradável. De volta aos trilhos, fomos parar a um amontanha cuja subida impòes algum respeito, dada a dificuldade do trajeto e do terreno, muito pedregoso. Fez-me lembrar Fátima e lá em cima sentimos um claro apelo á reflexao, à espiritualidade. Num repente, aquelas pedras todas transportaram-me para a vida e suas pedras; aquelas que temos de carregar, as que temos de vencer. Assim também a vida, com muitas pedras no caminho. A arte estará no saber contorná-las ou aproriarmo-nos da sua força ou dificuldade que nos criam e saber usar essa dificuldade para nos fortalecermos enquanto pessoas.
Depois? Bem, depois passamos por Atapuerca, lugar património da humanidade, do tempo paleolítico e que fica também registado para cá voltar, com o tempo necessário que ele merece. Seguiu-se Vila Fria e Burgos. cuja Catedral é soberba, mas també a igreja de S. Nicolas, logo ali ao lado, em sintonia. Aqui, deixamo-nos ficar para apreciar o lugar e um pouco as gentes e seus rituais momentâneos.
Hornilhos del camino deu-nos uma vista simplesmente magnifica. Um senao; para a apreciar temos de escalar uma subida de estradao com 12% de inclinaçao. Veio-me à lembrança D. Quixote, também ele um peregrino e que por aqui deve ter passado conceentrado nas suas próprias reflexoes.
Quaundo tudo parecia estar a funcionar bem, acontece o p`rimeiro e esperwmos que último, percalço: uma avaria mecânica mais um furo. Depois de solucionar a coisa provisóriamente, havia que tomar decisoes e ela nao seria difícil; continuar por estrada até encontrar um lugar onde resolver o problema do suporte da bicicleta do Paulo. Nesta fase, vamo-nos curzando cada vez com mais ciclistas e peregrinos a pé. A fadiga, essa vai-se acumulando.
Ficamos em Corrion de Los Caminos, um albergue gerido por freiras, superiormente gerido, direi, onde tinhamos à nossa espera, para além de um ambiente fantástico, amigável, entusiástico, limonada! Soube que nem ginjas.
No total, perfizemos 140 kms, em 7h e 27' pedalando. Eu eo Pajó ainda fomos a uma corridinha de 30' e jantar tornou-se neste fim de dia um problema, dada a quase ausência de mantimentos. a sorte foi que as freiras tinham massa e arroz e alguém nos deu sopa, mais pao mais isto, ah! e o Pajó, espetácuclo! foi a um café qualquer e trouxe mais comida e coca-cola. Fantástico.
Um abraço e até já, companheiros.
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