Não Há Condições!

14/11/12



Vista do alto do Monte de S. Tegra, La Guarda.
Impossibilitado de realizar treinos longos aos fins de semana durante os próximos tempos, por força da mais recente dedicação à formação, resta-me as 4ª feiras para dar asas à minha liberdade individual e assim poder fazer um desses "passeios maricas". 
Estava acertado comigo mesmo, sem grandes discussões, desta feita, que hoje era a vez de finalmente repetir um treino já concretizado com Pedro Brandão; saída de casa e visita ao Monte de Santa Tegra ou Tecla ou o catano, em La Guardia, na Galiza, percorrendo uma estrada magnifica (piso e paisagem). Aliás, passado ao largo de Moledo e Vila Praia de Âncora, deparei-me com uma formação magnifica para a prática do surf. E estou a referir-me a ondas bem grandes. Avance-se.
Aqui há algum tempo havia concretizado um treino até Vila Nova de Cerveira e na altura as 4 horas do percurso deixaram-me meio empenado. Mas hoje as coisas já estão melhores e perfiz os 152 kms em 5 horas e 22 minutos, o que me deixou bastante satisfeito. Sem mazelas! Isto é, disponível para acabar o dia com uma nova sessão de corrida. Sobre a corrida, hei-de falar lá mais para a frente. Tenho algumas novidades, eventualmente. 
Uma das perspectivas do Monte
Ora, o que não estava nada à espera era dum estranho e súbito ruído, para além da telefonia do telefone, meu companheiro musical de viagem imprescindível quando em solitário. Mesmo antes de me fazer aos 4 kms de escalada ao Monte de Santa Tecla. Lá examinei a coisa e constatei que tinha o quadro da bicla partido! Pensamento imediato; mas será que de cada vez que me faço à estrada para um longo percurso tenho uma surpresa deste género? Isto será macumba, voodoo ou o caraças? Que mer...!
Ali...

Bom, liguei para a mulher só mesmo para confirmar que estava a trabalhar! Já sabia que não poderia contar com ela, hoje. Lembrei-me da loja das biclas e lembrei-me de voltar a examinar a coisa; dava para voltar a encaixar o braço partido. Vamos experimentar. Chia! Paro. Volto a tentar e a coisa lá vai, subindo o famoso monte. 
Almoço à moda galega; se isto não é qualidade de vida...
Lá de cima a paisagem é fenomenal. Hoje não me foi difícil subir aquela coisa. Fez-se bem, sem dificuldades de maior. Recordo-me da primeira vez que lá fui, na companhia do pessoal da tal loja de bicicletas. Mas aquilo era um grupo com outros objectivos. Preferiram atravessar o rio de ferry. O certo é que na altura pareceu-me um desafio...desafiante. Hoje sinto-o mais uma pequena dificuldade. Amanhã não sei como será.
Havia que ir até lá ao fundo, para depois...
Depois do reforço de um empanado, uma cola e duma paisagem deslumbrante, estava na hora de voltar e ver até onde me levaria a burra. Lá fomos.
Cedo deu para perceber que a chiadeira não me iria largar. O que eu também não podia de modo algum largar era o avançado. Parecia aqueles fãs do Quim Barreiros a dançar os peitos da cabritinha. Uma cabrita daria eu se não tivesse cuidado. Mas, em frente a bicla até andava e eu só tinha mais 70 kms para chegar a casa sem ter de chatear ninguém.
Caminha esperava-me.

E as diferentes localidades foram passando, chegando finalmente a casa, com o objectivo cumprido e mais; sem me ter demorado muito. 
Registo Vila Praia de Âncora, onde deve ser muito agradável viver, com aquele mar de batida forte, uma nebulosidade misteriosa e meio luminosa, cativante mesmo, onde se respira tranquilidade...não é a primeira vez que lá passando se apodera de mim esta sensação.

Companheiros, abraços triatléticos.



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