Balanço da Época: 4º Momento de Avaliação.

28/08/11




Apesar da época já ir longa para muitos, para mim ainda não, pelas razões que todos aqueles que vêm acompanhando este blogue muito bem sabem. Porém, isso não significa que não tenha atingido já algum momento de fadiga acumulada. No entanto, a despeito de me ter faltado um ou outro evento nos últimos tempos para manter a "coisa" ativa, não quer dizer que não esteja disponível, acima de tudo psicologicamente, para andar com os bofes de fora. É para isso que trabalho nesta fase, para enfrentar algumas eventos datados na minha agenda.
Após umas férias familiares que reforçaram, e de que maneira, a auto-estima e auto-confiança, para além do envolvimento social que elas proporcionaram, cumprindo assim o seu principal desígnio, e a despeito de não ter podido, por via das opções referidas, dar oportunidade ao corpo de se esmifrar em gemidos e outros alaridos, conforme agendo para Agosto, pelo menos por uma vez e a propósito da realização do raid BTT da Malveira, cuja participação se estava a constituir num clássico para mim, eis que me vi, após Oleiros, na necessidade de retomar os níveis de acondicionamento físico e de ativação fisiológica a que um atleta, no caso mais triatleta, está a obrigado, se pretender apresentar-se num nível minimamente aceitável, como pretendo em Itália (ler último post) e até ao fim da época. Tábua serviu então para isso mesmo; o retorno a tempo (quase) inteiro e serviu na perfeição. Nadar na barragem da Aguieira foi um bom tónico para voltar a sentir o prazer de "correr na água". A corrida, essa tem sido a mais envolvida no processo de preparação, e continuou, sentindo-me neste momento em boas condições para "soltar os cães". O ciclismo é apenas uma questão de manutenção, já que adquirir um nível superior obriga a outro empenho, mais volume, preterindo para tal as outras variáveis e isso eu não quero. Como está não está mal, é apenas retomar onde estava. Penso que isso já foi alcançado. 
De volta a Esposende há cerca de uma semana, retomei o trabalho diário de treino como já não o fazia desde que parti para os caminhos de Santiago. E foi o retomar do saudoso ritmo. Claro, muita coisa vai ficando para trás, porque falta tempo quando nos dedicamos ao treino. O benefício de ainda me encontrar de férias, embora por pouco mais tempo, permitiu-me aquilatar que afinal a natação já parece estar ao nível em que me encontrava em Julho, o ciclismo já falei e a corrida é que me está mais facilitada, mais solta, mais descontraída, pronta para enfrentar um plano exigente de preparação para o dia 6 de Novembro próximo, no Porto. Esta a excelente notícia. E já que abordo a corrida, quero dizer-vos que tenho dois objetivos em mente para distâncias longas: baixar de 1h e 30 na meia-maratona e das 3h e 30 na maratona. Estes os meus propósitos imediatos. Nem que seja em apenas 1''. Se o conseguir pago um bife a todos vós. Ops! Tenho apenas uma condicionante: a planta esquerda do meu pé continua a chatear-me após 1h de pressão na passada, o que quer dizer que irei sofrer a valer no dia 6 de Novembro. Agora com mais experiência, pode ser que isso me valha alguma coisa.
No que diz respeito a competições, estou em várias frentes; Maratona do Porto, então, Triatlos de Vila Nova de Cerveira, Póvoa de Varzim e possivelmente de Abrantes (a ver vamos), o duatlo de Santarém é um clássico, não gostava de o perder de vista, e ainda gostaria de concretizar outro sonho definido no início da época; a participação no ultra-trail. Como o calendário é rico em eventos do género, não haverá dificuldades de maior. O problema será mesmo saber se o poderei conciliar com a maratona da cidade invicta. Vamos ter de conversar, eu comigo. Também uma ou outra maratona BTT. 
O outro grande objetivo do ano foge-me mais uma vez; o triatlo longo. E foge-me porque por um lado tive azar, pelo outro talvez tenha planeado mal as coisas. É que aquele campeonato da Finlândia passou-me mesmo ao lado. Em todo o caso, isso teria significado abdicar de várias coisas muito importantes na minha vida, sendo que algumas decisivas, entre elas as férias familiares. Mais oportunidades virão. Sim, porque ao contrário de muitos crentes, eu não vejo como possível o cumprimento do longo de Tróia. Nã me cheira e eu já não acredito no pai natal. Mas, se vier, excelente!
Em termos de condicionamento, nada melhor que participar em eventos para aquilatar das minhas capacidades atuais. Em todo o caso, penso que estarei entre o nível 2 e 3 da minha preparação, isto é, onde me encontrava antes de partir para percorrer Espanha. Relembro que 3 é o nível máximo estabelecido por mim para mim. O peso também está onde estava em Julho. Bom talvez ligeiramente acima; 68 kgs, longe dos 65 quando terminei "os caminhos" e dos 66 que constituem o principal objetivo. Tenho um problema grave com a gula e com a doçaria, em particular, o meu grande nó-górdio. Não se é perfeito e ainda bem.
No próximo fim-de-semana poderei ter uma ideia de como me encontro a nível do ciclismo e na corrida, dado que planeio participar no Bike Camp da Póvoa, estrada, e no duatlo promoção de Recardães, distância sprint.


Uma nota para os companheiros que têm concretizado o sonho de cumprir o Ironman; fantástico! Levam-me até a insubordinar-me comigo próprio e desejar também fazer a distância. Depois, caio em mim e relembro-me das dificuldades que ainda sinto com algumas mazelas e volto a ter juízo. Mas, anda cá a remoer. Se conseguir resolver algumas coisas que me têm amiúde chateado, posso projetar para 2013 uma coisa do tipo. Antes, já seria muito bom cumprir uma distância como aquela que decorreu na Finlândia no mês corrente, a propósito dos campeonatos da europa da distância. Quando fizer uma ou duas coisas do género, lanço-me à tarefa.  


Companheiros, até breve e vão treinando. 
Abraços triatléticos.

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