Triatlo Com Espinho Encravado!

17/06/13



Havia escolhido Espinho para me reintroduzir nos eventos de triatlo em terras lusas por razões de interesse de planeamento mas também orçamental, e porque desejava voltar a conviver com as diferentes famílias da tribo nacional. Porém, tinha presente que as duas edições anteriores estiveram sempre envoltas em dificuldades na realização da prova no formato anunciado. Sábado não foi excepção e o que temia aconteceu; gastar dinheiro para "nada". Isto é, o objectivo de "meter" mais um andamento triatlético no corpo falhou redondamente. O que me faz pensar se valerá a pena insistir num evento com características para falhar! Por outro lado, e atendendo à minha recente experiência em terras galegas, e aqui relatadas, esta prova deixou um sabor amargo ao nível organizativo. Pode-se e deve-se fazer melhor. É preciso faazer melhor. Para isso, importa que a coordenação entre estas três entidades (FTP, organização local e autoridades) se faça num patamar mais elevado de responsabilidade. E por aqui me fico.

Sobre a prova? Digamos que ontem não estava com o meu bio-ritmo no ponto e apercebi-me disso assim que acordei. Mas, estava determinado a cumprir o plano, mesmo considerando que o risco de haver um pseudo triatlo, como acontecera na primeira edição, era forte. Durante a semana fui acompanhando a evolução do vento e atendendo a que Espinho e Esposende não serão assim tão diferentes, para mais com desvantagem para Espinho, estive sempre na dúvida entre ir ou ficar. Apelou mais forte a saudade.
Já em Espinho e com a prova aberta a decorrer, a sombra do duatlo começou a fortalecer. O estado do mar justificava a decisão. Ainda se vestiu o fato, ainda se colocaram as toucas e se experimentaram os óculos, mas não...as boias não se seguravam no mar e ia mesmo haver o formato de recurso: 1,5kms corrida + 20 kms bicicleta + 5 kms corrida. Mudou o cenário, mudou a activação. Tudo num ápice e num ápice tudo começou a galgar para uma légua com o credo na boca. A mulher dizia-me no final que tinham chegado todos afogueados ao parque de transição. O caso não era para menos. É que correr abaixo dos 4'/km é dose, pelo menos para mim. Pelo caminho deu para entender que de facto há sinais que são para ser respeitados e ontem não era bem o dia.
O ciclismo serviu para recuperar várias posições, especialmente na zona ascendente, e só na última volta alcancei um grupo onde iam algumas caras que normalmente ficam mais para trás. A última corrida terá sido o segmento mais homogéneo, digamos. E se a distância estiver correcta, terei alcançado finalmente o propósito na distâncial. O meu garmin diz que não, que ainda faltaram uns metros aos 5 kms.
O resultado final foi um 56º lugar, mais ou menos a meio da tabela, e 1º V3, entre...mais ninguém!

Pelo facto, fui chamado a subir ao pódio e estar perante o caricato luso de receber um medalha que teria de devolver porque era apenas para a fotografia com as entidades locais. A federação tratará depois de reparar etc e tal, rebéubéu pardais ao ninho...Sem comentários!

Companheiros, está na altura de me dedicar a Caminha, onde muita gente conta estar presente, pelo que me vou apercebendo. Até lá, vai ser suar e descansar. Pelo meio ainda haverá qualquer coisa, não se cá ou lá. Abraços triatléticos.

1 comentário:

Hugo Gomes disse...

Boas João!

Infelizmente são poucos os eventos que se realizam cá pelo Norte e este "Triatlo" de Espinho tem sido mais vezes Duatlo, dado o estado do mar.
É pena que assim seja e, como dizes, é uma situação a pensar.
Ainda assim, parabéns pelo regresso à competição em terras lusas.
Um abraço!