Derivações em Fim de Semana Maior.

17/05/10



Este era um fim de semana que dava para tudo:  para repousar treinando, para repousar competindo, para descansar, efectivamente, para treinar intenso, para treinar em volume, para estar mais com a família, enfim...Dava para isto tudo e deu. Por isso, hoje irei (a)variar um pouco por vários assuntos.


156, ...

Foram os kms de bicicleta que eu e o amigo Pedro Brandão (já aqui referido apropósito do convite que vos enderecei para, precisamente, nos acompanharem) fizemos para chegar ao Monte de Stª Tegra ou Trega ou Tecla (já nem sei quantos nomes tem o dito), mas que fica muito perto de La Guarda, em terras galegas. Do convívio nasceu uma amizade, que se adivinhava, dada a forma simples como as coisas se foram passando, e quando a simplicidade é o tónico numa relação, seja ela qual for, quando damos por ela temos um longo caminho percorrido. E falando em  caminho, deu este tempo (5h30', mais ou menos), que foi passando, mais depressa do que eu tinha imaginado. O percurso, fantástico, foi facilitando a coisa, e pudemos também olhar para a zona onde irá ter lugar o Triatlo da Amizade (na vertente agora designada Porterra, que junta atletas galegos e portugueses). O monte até que não é nada de inultrapassável. São cerca de 2,5 kms. A única questão é que para lá chegar temos de perfazer quase 80 kms, a tal metade.  Houve vento que teimosamente nos contrariava na ida e vento que, contrariado, nos ajudou no regresso, mas só a partir de dada altura. É claro que o Pedro poderia ter chegado mais cedo, mas o abrigo era meu e a "sopa" também, de modo que aqui e ali teve de esperar por mim. A outra parte boa foi conhecer o Pedro e trocar muitos conhecimentos com ele, sempre a "ciclar". E uma novidade: O Pedro é músico, mas músico a sério. E aproveito para enviar um recado para o Gonçalo Pitarma; "quando precisares de alguma dica relacionada com o domínio da viola, tu que aprecias a arte e gostarias de evoluir, fala com o Pedro que ele resolve".
Conclusão: ficaram apalavradas outras saídas que podem muito bem ter a vossa companhia. Só irá enriquecer o convívio e o treino. Mas, disso darei notícias noutro momento.




I Duatlo (nocturno) da Benedita.

Tenho para mim que o João, o tal Silva, que deseja ser coroado Rei do ofício cá no burgo, tirou uma folga este fim de semana, ao participar nesta prova, e vencendo com algum àvontade o Marco Sousa, que estava no seu terreno na parte ciclável, por duas razões: porque BTT é o seu forte forte (era mesmo para repetir), e porque conhecia bem os percursos, que sendo de noite não é um pormenor de menor relevo. E deve ter sido uma competição muito interessante. Claro que os privilegiados são o pessoal da zona centro. E digo isto porque sabendo que a mesma faz parte do Circuito da região citada, a verdade é que as gentes da modalidade vai a todas, assim as disponibilidades (financeiras e físicas) o permitam. O que sei é que o pessoal da Académica de Coimbra ficou muito contente como 3º L alcançado por equipas (masculino). Ainda bem; a gente precisa é de gente satisfeita e de bem com a vida, porque a vida parece que anda de mal connosco, tais são as adversidades. Mas, isso dava outra conversa.



Outra prova que decorreu este fim de semana e que bem poderia constituir um teste para todos aqueles que, estando próximo, gostariam de tentar a modalidade, foi o IV Triatlo Cidade de Sines. A distância supersprint convidava, neste relaxante fim de semana, a conciliar treino e competição, ou o inverso. Eu tenho um grande carinho pela Costa Alentejana. Porque é belíssima, porque me faz sentir num Portugal de outras paragens, por vezes a assemelhar-se ao faroeste, que se descobrem ao volver de cada rocha, ao escalar um monte, ao vislumbrar uma nova praia (eu adoro praia). E no ano passado tinha projectado fazer uma espécie de estágio nessa zona, com sede em Sines, precisamente, ali por alturas de Julho/Agosto. Não se concretizou, mas ficou cá registado. É uma cidade com excelentes condições para o triatlo: tem uma baía fantástica (praia Vasco da Gama), tem trajectos para pedalar muito bons, e para correr quase qualquer lugar serve, mas Sines está a construir uma cidade desportiva onde já existem infraestruturas muito boas. Teria sido uma boa aposta, este fim de semana, se....
Venceu Miguel Ganchinho (Triatlo de Almada), à frente de Rui Dolores (Amiciclo). Tenho a ideia que o Miguel já tinha feito a gracinha no ano passado, no Duatlo de Manique de Cima, se é que não estarei com as ideias a modos que...mas acho que não. E o Clube Triatlo de Almada, volto a referir, está a laborar muito, mas muito bem mesmo. Não tem a ver com este resultado, mas com a participação global que tem desenvolvido na modalidade, especialmente este ano. Bom trabalho, sem dúvida.

A parte pior disto tudo, é a participação feminina nas provas deste fim de semana: 4 mulheres na Benedita e 9 em Sines ( e zero no "nosso" passeio de Sábado, Pedro). Agora a sério: se tenho dado relevo pela negativa à participação reduzida pelo lado feminino, e para além das razões hormonais que lhe estarão subjacentes, é porque eu sinto, eu vejo, eu verifico, por razões profissionais, que continuamos a travar a emancipação da mulher desde a sua idade mais precoce, como se todos estes anos e todos estes pais, que souberam o que era estar impedido de fazer desporto, por isto ou por aquilo, mas que estiveram, continuassem a ser o prolongamento do braço do estado que outrora nos manietou e nos fez perder momentos importantes na evolução das sociedades. Continuamos a ser uma sociedade pensada no modo masculino, não tenho qualquer dúvida. Talvez volte um dia a este tema, mais no sentido sociológico.

Bons treinos.

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