Taça de Portugal de Triatlo em Abrantes: Previsão do Tempo e Start List

30/04/10



Deixo-vos a previsão do tempo para o III Triatlo de Abrantes, que irá ser disputado na distância sprint, e que contará para a Taça de Portugal, na modalidade. A temperatura prevista não é má de todo, mas o vento vai ser um obstáculo duro de roer. A temperatura da água...não dá para ver.

( Fonte: Accuweather.com)


(Fonte: FTP)


Votos de boa prova.


Maratona BTT Luso Galaico 2010: Balanço.

27/04/10



Pois é! Foi uma maratona do caraças! Muito técnica, muito rápida no início, e muito, muito complicada a partir do momento em que as pernas já não estavam tão viradas para aquele lado, aí por volta dos 68 kms, quando os restantes (!) 14 seriam ainda com muita subida, dura e técnica, porque raizes e calhaus havia com fartura, e jeitosos(as) que eles(as) eram. 
Mas foi uma excelente prova em termos organizativos, com um abastecimento completo e sem faltas, nos tempos certos, com a partida no tempo determinado, a fazer jus à fama granjeada nestas oito edições da prova. Pena que de Luso Galaico só praticamente o nome. Mas, haveria espaço, entre os mais de 2000 participantes, para os galegos? Sim, porque foi a pensar neles que foi criada com essa designação. 
O momento alto da prova foi a travessia do rio Cávado, através de uma ponte artificial construída sobre embarcações de canoagem, concebida pelo amigo Belmiro, ex-atleta olímpico na modalidade, e que mais uma vez decidiu colaborar com a organização. A entrada e saída da mesma estava apinhada literalmente das gentes da Barca do Lago, Gemeses e outros lugares, certamente, e não foi a primeira vez que me senti um verdadeiro ciclista numa prova; a primeira havia sido no ano passado, quando dobrava, pela força das minhas pernas e da minha vontade, as encostas do monte São Félix nas várias voltas a que fomos "obrigados"  a fazer, num circuito de estrada. A segunda vez foi este ano e em vários locais da prova, mesmo quando passei paredes meias com a minha casa , já com quase 5hras de prova. Mas a saída da ponte artificial, com uma ligeira subida, completamente ladeada dum lado e do outro por povo, do qual só vislumbrava o gesticular dos braços, as expressões difusas e o som das palmas, muitas e imensas palmas. Senti-me um verdadeiro ciclista, daqueles que sobem uma montanha da volta a França, perdoem-me o exagero. 
O momento baixo da prova foi mesmo nas ...subidas, nas últimas subidas. A vontade queria, mas a força puxava-a no sentido contrário, a ponto de me ser mais difícil andar com a bike pela mão do que em cima dela, mesmo quando subia. O problema é que não conseguia manter-me em cima da "burra" quando o guiador se deixava comandar mais pelo traçado do que pela firmeza dos meus braços. Ah! e as quedas, duas, uma delas durinha, porque foi em paralelo. Mas não foram umas escoriações na perna esquerda e uma valente nódoa negra na almofada da mão do mesmo lado que me fizeram repensar a continuidade; as pernas mexiam? tás pronto para continuar, toca a mexer.
O momento mais ou menos; as muitas e variadas e difíceis e técnicas e longas descidas! Cum catano, aquilo é que foi. Os braços sofrem uma tensão imensa, mas não se pode inverter a coisa, porque a inclinação do trilho simplesmente não permite, nem as rodas param. Aliás, parar é o mesmo que tralhar, e de cabeça e tudo. Não dá, há que aguentar, braços firmes, olhar atento na escolha dos melhores trilhos, quando há ( e o cansaço já instalado avisa-nos para ter cautela), porque em muitos momentos é só mesmo aquele, e quando não é aquele passa a ser, por cima de pedras que não eram para ser passadas, por regos escavados pela força das águas que não eram para ser sulcados. Enfim! muita adrenalina, com fases de puro prazer. Há momentos loucos, loucos. 
À chegada, ao cabo de 5h04', ainda havia, imaginem, gente a aplaudir, debruçada nas grades delimitadoras, valorizando o esforço de todos os que iam concluindo a dura tarefa, os que acabavam a maratona, mais os que ainda iam chegando da meia-maratona. E lá estava também a minha cara metade (sempre ela), de máquina em punho, para apanhar aqueles momentos únicos, como a  consumação de um objectivo cumprido, umas vezes melhor, outras pior, mas cumprido.

Resultado final: Satisfeito, muito razoavelmente satisfeito em termos competitivos
 (Geral= 130º - melhor um lugar que em 2009; Escalão= 32º (pior 10 lugares que em 2009)

Deixo-vos  algumas fotos relativas aos momentos da partida e da chegada, fotos minhas e do amigo Rafael, que fez um tempo canhão!  





Triatlo Internacional de Lisboa - Longa Distância.

26/04/10




Excelente a participação Lusa! É o primeiro comentário que se me oferece fazer "lendo" a classificação absoluta da prova. 
A prova tinha sido anunciada em alguns meios de comunicação social, infelizmente poucos, como uma prova caracterizada pela invasão estrangeira, se é que este termo se aplica nos dias globais em que hoje vivemos. Li algures (para não fazer publicidade) que cerca de 85% dos inscritos viriam de fora. Eu não fiz as contas, mas se de facto assim foi, significa que nos 30 primeiros lugares classificaram-se 8 nacionais. Isto é, quase 27%. E se estendermos um pouco mais, verificamos que nos 35 primeiros classificaram-se 34,3% de atletas cá do burgo.  Eu acho um resultado espectacular para um País com a dimensão como aquela que todos sabemos que temos, no triatlo, mas não só, e sem pensar no número de praticantes, em particular,  e sem referir outras questões, como os hábitos de prática desportiva que os portugueses (não) têm incutidos no quotidiano da sua vida. 

Em termos de performance, destaco a participação de Pedro Gomes(Olímpico de Oeiras); o 6º lugar foi muito bom, mas o tempo que alcançou também diz alguma coisa da proximidade do Pedro para os cinco primeiros. E analisando os diferentes segmentos, foi o último (a corrida) que o afastou de um lugar ainda melhor. Parabéns, Pedro. Estiveste em grande. 
Destaco também outros três grandes resultados: Rui Rodrigues, atleta veterano! (Compeed Tri-Oeste), David Caldeirão e Nuno Neves (ambos do Louletano). E ainda estes, que me perdoem todos os outros que também estiveram muito bem, mas os que irei referir, faço-o pelo facto de serem atletas veteranos 2; Miguel Fragoso (Vitória de Janes) e Carlos Gomes (Oeiras Sport). Grandes registos, sim senhor.

Em termos gerais, confesso que irei estar atento aos vários triatletas blogueiros, perdoem-me a expressão, para "sentir" as suas emoções.  Em qualquer caso, terá sido uma jornada magnifica de triatlo. Não esqueço que estava programado uma festa na casino de Lisboa, evento que já no ano passado foi incluído no programa do evento e que eu saúdo, dado o carácter social que a mesma investe todos os protagonistas, muitas vezes esquecido nos eventos desportivos, infelizmente.
Desejo endereçar os meus parabéns a todos os que participaram e conseguiram concluir a mesma, porque apenas esse facto já é um feito de monta, porque obriga a sérias dificuldades na gestão do tempo trabalho/casa/treino/casa/família/trabalho..., mas obriga também a cuidados específicos na regulação de outros aspectos da nossa vida, e a muita, muita dedicação, entre ainda outras "coisinhas" igualmente grandes.

Confesso o meu objectivo a longo prazo: participar nos longos, e gostaria muito de ter estado neste, muito embora vá estar sempre dividido entre este evento e a Maratona BTT de Esposende (Luso-Galaico) que nos últimos dois anos tem sido realizada na mesma data.  Cá me hei-de arranjar, mas o coração pende para Lisboa.

Meus amigos, até breve e ... boa recuperação!


25 de Abril, de 1974

25/04/10





O tempo estava farrusco e a escola tinha-nos dado uma folga. O bairro comentava sem saber muito bem o que se passava de facto, dadas as escassas notícias que chegavam. A especulação era muita, mas não se afastava demasiado da realidade: a longa ditadura fascista tinha vergado perante a força dos factos e da vontade das gentes. Na verdade, o poder caiu de podre. E caiu porque havia a guerra no ultramar, que alastrava na alma lusitana como doença fatal; caiu porque o estado castrava as ideias novas, a rebeldia, a vontade de dizer não, a vontade de se ser diferente; caiu porque só alguns tinham direito a molhar a côdea na gorda panela; caiu porque houve um punhado de jovens e irreverentes militares que decidiram pôr-lhe um ponto final, sem pedir autorização a ninguém.

Volvidos trinta e seis anos, clama-se por outro 25 de Abril. A corrupção de outrora aprendeu novas e sagazes formas de se renovar. O poder continua a alimentar aqueles que lhe fazem vénias, a troco de jeitos e outros trejeitos. Hoje por hoje, olhamos para o futuro com um sorriso acanhado, receando pelos nossos descendentes, trazidos à luz da vida na esperança de uma outra melhor que a nossa. A democracia transformou-se num instrumento do prolongamento dos interesses corporativos dos que, instalados no poder, não conseguem abdicar dele e dos prazeres que ele proporciona. O uso desse instrumento evoluiu. Hoje é difícil perceber-se, ou melhor, provar-se de forma inequívoca o lado certo da razão. Joga-se com a informação e a contra-informação, como outrora se baralhavam as cartas numa qualquer mesa, numa qualquer taverna. É vulgar vermos o espectáculo circense romano reposto na nossa actualidade, especialmente na televisão, mas não só. Vivemos a era do marketing, onde as imagens se impõem ao poder das palavras e das ideias e dos projectos. Discutem-se ninharias, transformando-as nos falsos problemas de um País que continua, talvez mais que no passado, com a cabeça na guilhotina das finanças. E os reais problemas sempre adiados, porque continuamos década após década com os mesmos fardos às costas. Os exemplos de falta de ética política ou profissional, de favorecimentos pessoais na esfera da actividade pública ou privada, nalguns casos recuperando as tradições da oligarquia clássica, as ofensas para o comum dos trabalhadores com os números  conhecidos dos salários de gestores e administradores e outras tantas "dores", revelam a flagrante falta de solidariedade existente na nossa amada Pátria, que muitos, com verdadeira coragem, são obrigados a deixar na prateleira ( a Pátria, a família, os amigos ... as raízes) em busca de uma vida melhor lá fora e por tempo indeterminado, porque o nosso País continua adiado. 

Eu digo: urge reinventar o 25 de Abril.


Triatlo Internacional de Lisboa - Longa Distância: Previsão do Tempo.

23/04/10



A meteorologia aponta para uma manhã/tarde plena para a realização da prova. Nada de chuva, nada  de vento, num espaço excelente, tudo em condições para uma grande edição.


Votos de boa prova e diversão obrigatória.

(Fonte: Accuweather.com)




Maratona BTT Luso Galaico 2010

21/04/10



Hoje escrevo sobre aquela que, correndo tudo dentro do previsto, irá constituir a minha primeira competição no presente ano, assim como no ano transacto constituiu a minha estreia em maratonas BTT.
A maratona Luso Galaico é uma organização à qual o Município de Esposende dá particular relevo, constituindo um cartaz da autarquia, não só a nível desportivo, como a nível turístico e social. É uma prova muito bem organizada e com um chamariz extra: por €15 temos acesso a almoço, suplementos alimentares durante a prova, jersey e mais umas coisitas. Dentro do contexto das maratonas de BTT, rivaliza com as melhores organizações do género, e não sou só eu que o digo.  Não tenho ambições competitivas extraordinárias, apenas a de me divertir com as magnificas paisagens, quando tal for possível, sentir a adrenalina a fervilhar quando as descidas proporcionarem velocidades instantâneas superiores a 50 km/hr e, claro, as subidas de roer ferro, num cantar ao desafio para ver quem desiste mais cedo, se a subida, se as nossas forças. Em todo o caso, desejo fazer menos tempo que no pretérito ano.
Em 2009 tive a companhia, sem saber, do Emanuel Marques, um V2 de renome no circuito do triatlo português (ainda no fim de semana passado se classificou em 3ºL, no Campeonato Nacional de Duatlo). Ficámos à distância de 5', a favor do Emanuel, num total de 5 hrs, menos os tais 5'. Migalhas...
Estão previstas a presença de cerca de 2000 betetistas! e sendo a 8ª edição da prova, atesta bem da consideração que os aderentes têm relativamente ao evento. Dia 25 de Abril, lá estarei a comemorar a liberdade!

Deixo-vos o sítio para quem desejar consultar; dados da prova, inscrições, altimetria, etc.



Duatlo de Matosinhos em Fotos!

18/04/10



Conforme o prometido, ontem, aquando da crónica que fiz da prova citada em titulo, aqui vos deixo os meus "bonecos" (possíveis) da prova.






Continuação de bons treinos!


Campeonato Nacional Individual de Duatlo, Matosinhos (Leça da Palmeira) 2010



O Campeonato Nacional de Duatlo, disputado hoje em Leça da Palmeira, Matosinhos, na distância standard, foi uma prova a que eu dificilmente poderia faltar, dada a proximidade da minha residência. Porém, e em virtude de uma manifestação contra as portagens, na A28, pormenor de que não me lembrei, e também do facto de ter desorganizado o meu dia, acabei por perder o início da prova. 
Não foi uma prova fácil, a despeito dos percursos, sem dificuldades de maior. No entanto, o vento que soprava de sul fazia com que as pequenas descidas mais parecessem subidas e no sentido inverso, as subidas descidas. A chuva não apareceu à hora prevista, e ainda bem, mas apareceu, quando o pessoal já pedalava. E chegou a tempo de provocar algumas desistências devido a hipotermia ou simplesmente fadiga.
A prova foi muito interessante de seguir, porque houve dúvida até ao final quanto ao vencedor, já que Sérgio Silva e o russo Evgeny Yakovlev fizeram os segmentos sempre juntos, especialmente no ciclismo, percorrido sempre em alta rotação. Na transição para o segmento final, parecia que o Sérgio, mais rápido, se iria distanciar, mas não. No fim, o russo acabou por ser mais forte, tendo-se distanciado o suficiente para  vencer a competição, conseguindo Sérgio Silva arrebatar o título de Campeão Nacional de Duatlo. O Lino Barruncho, o maior especialista português na modalidade, pedalou constantemente sózinho, diga-se, à procura do duo da frente, tendo estado sempre à distância de 1'30'', mais coisa, menos coisa, e apesar de ter recuperado alguns segundos, já no fim do segmento de ciclismo, não foi suficiente para se chegar à frente. Teve de contentar-se com o honroso 2º Lugar Nacional. No final, o Lino admitia que a preparação exaustiva a que se tem submetido para a próxima prova europeia o tem desgastado imenso e que as suas ambições estavam algo limitadas. O Sérgio estava algo decepcionado por não ter batido o russo, mas aceitou com imenso fairplay a desfeita. O Vasco Pessoa fechou o pódio do Campeonato Nacional, à custa de um ritmo de corrida nos últimos 5 kms finais muito forte.

No sector feminino, grande vitória da Maria Areosa, batendo com larga vantagem a russa Evgenya Sukoruhenkova, especialmente porque realizou um grande segmento de ciclismo e um muito bom segmento final de corrida. E foi excelente vencer uma competição que, para além de atribuir o título maior do calendário Nacional de Duatlo, teve também esse extra de vencer uma atleta de nível internacional. Uma palavra também para a Ana Filipa Santos que conquistou o terceiro lugar no sector feminino,  2ª no Campeonato Nacional.

A finalizar, um pormenor que desconhecia: houve controlo anti-doping no final. Foram chamados os três primeiros classificados e ainda sorteado um de entre os 7 primeiros. Eu bato palmas.

Deixo-vos o vídeo possível. A imagem, embora esforçada, não é a melhor. Porque antes isto que nada, daí a sua publicação. Amanhã publico as fotos da prova.


Bons treinos!


Duatlo (Standard) de Matosinhos: Previsão do tempo e Start List

16/04/10



Deixo-vos a previsão do tempo para a prova de Sábado (que vai ser durinha). Aviso: não vai estar famoso, uma vez que a chuva, que também decidiu fazer desporto, este ano, está prevista para a hora da prova.

(Fonte: Accuweather.com)

(Fonte: FTP)

Na listagem de inscritos que a Federação publicita, constato uma vez mais forte adesão de atletas. Está em jogo o Campeonato Nacional Individual.

Votos de boa prova!


Juntem-se e brindemos!

15/04/10



Hoje não é um dia especialmente especial, passe a redundância, mas não o quero deixar passar sem vos propor um brinde! A razão é simples; as visitas a este blogue ultrapassaram a casa do milhar, incluindo as imensas visitas que eu próprio faço. Não é que isso tenha um significado especial, como dizia, porque não é esse o propósito, ter muitas visitas, mas entendo que devo mencionar a fidelidade de todos os que têm visitado este espaço e agradecer a sua atenção, através dos seus comentários ou simplesmente pela leitura silenciosa. Na sua concepção, propus-me abrir mais um espaço de debate sobre uma actividade que nos apaixona e nos prende durante muitos minutos em cada dia, muitas horas por semana, todas as semanas do ano. Muito embora recente, espero estar a corresponder  aos desígnios que me propus atingir. 
Sem desejar ser injusto para muitos outros, uma pessoa há que quero mencionar porque desde a primeira hora foi sempre alguém que, sem o proferir  (porque há atitudes que valem por mil palavras), esteve presente, fez sempre questão de me fazer sentir o seu apoio, quer através dos seus comentários (foi, aliás, o primeiro leitor a comentar), quer através da sua assiduidade; refiro-me, obviamente, ao Sica, de Peniche.
Porém, o abraço que estendo é para todos vós. 
Brindemos todos!


Carlos Gravata (triatlo) Quarteira e Taça da Europa.

14/04/10



Não é vulgar atribuir o nome de uma personalidade a uma prova de triatlo. O triatlo de Quarteira, na sua IX edição, é o exemplo de uma homenagem a uma personalidade a quem a comunidade da região algarvia de Loulé, particularmente, deve a existência desta prova, incluída no calendário nacional de triatlo. Certamente por essa razão, muitos dos seus conterrâneos, para não dizer todos, consideram o Triatlo de Quarteira o melhor triatlo do País. Carlos Gravata desapareceu prematuramente, mas deixou a imagem de uma pessoa empenhada no desenvolvimento desportivo da sua região, fruto de uma formação superior na melhor escola de Educação Física do País, na altura. Por pouco que não nos cruzámos e conhecemos nos espaços das salas ou nos corredores do ISEF de Lisboa. Foi pena, porque teria seguramente muito prazer em o ter conhecido e muito também aprendido com o Carlos, especialmente a arte de semear: amigos, profissionalismo e competência, espírito empreendedor e altruísmo, serviço comunitário, entre outras facetas de relevo. São marcas que resistem ao tempo e resistem nas pessoas, por isso raros. Também por isso, a nossa Federação de Triatlo fez questão de fazer prevalecer na memória de todos, do passado, do presente e do futuro, o nome de Carlos Gravata. 

A prova propriamente dita teve este particular, que foi um segmento de natação complicado. Eu já tinha previsto aqui, na 5ª feira passada, analisando a previsão do tempo para a hora da prova, que o vento ía complicar a turbulência no mar. Porém, há gostos para tudo, porque já li que foi realmente um segmento difícil, a ponto de levar muita gente a arrumar o fato; mas também houve quem gostasse, caso do Sica, que no seu blogue "Vamos Lá Então" assegura que assim sim, vale a pena o triatlo. Estas coisas são mesmo assim. Há outro facto que começa a ser habitual e que se vai acentuando à medida que o tempo vai avançando: domínio da malta nova, desta feita dos Juniores! A mim, pessoalmente, dá-me gozo saber que a juventude tem sangue quente na guelra. Duas razões: 1ª, há gente de tenra idade muito empenhada na prática desportiva de alto rendimento, muitos deles conciliando a arte de treinar com a arte de estudar, e como é difícil fazê-lo dado os sacrifícios ao tempo de ócio que isso comporta, especialmente nestas idades; a 2ª, porque isso significa uma atitude muito saudável e  positiva na vida. Por estas razões, outras haverá, oh! tantas, mas mais que não fosse apenas por estas, tiro-vos o meu chapéu. Parabéns, rapaziada! Muito mal ficaríamos na fotografia se em vosso lugar, aparecessem uns velhos, mais novos ou menos novos, mas velhos. Alguma coisa estaria de errado. 
É evidente que sobressai a vitória de Miguel Fernandes, dado que venceu com um tempo muito confortável. Já entre o 2º e o 9º a coisa foi toda seguidinha, uns mais que outros, mas tudo em carreiro de formiga. E outro facto interessante; a representatividade clubista no top 9, mal-grado um ligeiro domínio do Olímpico de Oeiras. No sector feminino o relevo vai todo para Ana Filipa Ferreira, que terminou com uma vantagem demasiado confortável, porque pouco competitiva. 
No meu escalão, nada de especial a registar, a não ser a ausência de Emanuel Marques (Académica de S. Mamede). O Miguel Fragoso venceu o escalão, mas muito à custa do segmento de natação, dado que o Carlos Gomes sente aí as suas maiores dificuldades, porque desta feita esteve muito bem nos restantes segmentos. 
O meu clube manteve as expectativas, isto é, uma classificação colectiva para o modesto, mas também é mesmo assim. E uma vez mais, não conseguimos ultrapassar os amigos de Peniche, em Triatlo, quero dizer. Em todo o caso, registo as participações do Paulo Gonçalves, Miguel Algarvio e Sérgio Ribeiro. Uma palavra também para o já citado Sica (Peniche AC), que fez um muito bom tempo e por isso, foi o atleta do seu clube em maior evidência, no Sábado. 





A prova da Taça da Europa teve o extraordinário regresso em plena forma da nossa Vanessa Fernandes, a demonstrar que as questões que a afastaram no ano transacto do lugar que lhe pertence estarão debeladas. O que mais me impressionou, e confesso que não estava à espera, foi a sua participação no segmento de natação, onde esteve bem na frente, e depois a facilidade com que ganhou. Aliás, ela própria assume que não precisou de ir às reservas, o que adivinha uma época muito diferente, em grande. E é bonito ler em blogues de colegas de selecção os elogios e regozijo pelo seu regresso às vitórias e, acima de tudo, à grande forma. A outra menção vai para o João Silva. Que está num enorme momento já sabíamos, o que desconhecíamos é que esse nível é do melhor a nível europeu. Parabéns, João! O teu futuro é já hoje, aproveita-o. 
O que gostaria de ter visto era o Bruno Pais em grande forma, mas não dá, pelo menos por enquanto; a Vanessa ser secundada por mais atletas da selecção. Eu sei que se trabalha árduo e enalteço a entrega e o empenho, sem dúvida, até porque a Maria Areosa  fez uma muito boa prova, mas falta mais competitividade ao sector feminino. Gostaria de ter visto o Pedro Gomes com melhor fortuna, mas as avarias acontecem. Louvo a sua atitude, bem marcada no seu blogue, que não é pessoa de lamentos, sempre positivo e já ansioso pela próxima prova.
A finalizar, um grande louvor para todos os triatletas que competiram em representação do nosso País e dignificaram a nossa Pátria. Muito obrigado!

Fico-me por aqui. Bons treinos!


Nota: As imagens publicadas foram recolhidas no sítio da FTP.


Taça de Portugal - Etapa IX, Quarteira: Previsão do Tempo e Listagem de Inscritos.

08/04/10



A previsão do tempo indica, para o momento da prova, uma temperatura a rondar os 19º. O vento vai fazer-se sentir,  o que poderá reflectir-se na ondulação do mar, complicando o segmento de natação, penso eu. Em todo o caso, consultem o link para mais pormenores. 

Muita gente inscrita, a parecer-me que iremos ter, novamente, partidas separadas.

(Fonte: Accuweather.com)


(Fonte: FTP)


Boa Prova, muita diversão, bom convívio, e bom regresso a casa, são os meus votos!


Overtraining - Part I

06/04/10





Num dos dias de recomeço da época, em Dezembro, treinei com um companheiro betetista, muito embora fizéssemos estrada no momento, e a páginas tantas ele contava-me que no final da época passada já nem podia ver a bicicleta à frente, tal o volume/intensidade dedicado à mesma. Também é com relativa frequência que ouço relatos de treinos bem puxadinhos, conseguidos dia após dia, como se de um acto heróico se tratasse, tal a forma vangloriada como são referidos. Estava lançado o mote para um dos artigos deste blogue, que na altura ainda embrionava. 
Não constituirá grande problema se obedecerem a um plano de treino (microciclo e/ou mesociclo de treino) conscientemente organizado e orientado para o propósito de atingir um nível de performance específico, num dado momento da época desportiva. Preocupa-me, e por conseguinte leva-me a abordar esta problemática, é que não me parece que obedeça a um plano de treino organizado ou sequer a um plano de treino, mas tão só de fazer a suposta vontade à vontade de treinar duro porque quanto mais duro melhor. Há um problema grave que resultará inevitavelmente, se se persistir num esquema deste tipo, e esse resultado tem um nome: overtraining ou sobretreino. É verdade que outros problemas poderão surgir, nomeadamente as lesões, mas é sobre overtraining que pretendo tratar.
A carga de treino (o acto de treinar) é conhecida como estímulo para o organismo. Estes estímulos têm uma intenção: provocar desequilíbrios na homeostase, isto é, provocar alterações no equilíbrio dinâmico orgânico, para que o seu reequilíbrio se faça a níveis superiores. Daí que os estímulos, isto é, a carga de treino deva situar-se, a maioria das vezes, algo aquém das possibilidades momentâneas do indivíduo que treina. Quem  dos que me estão a ler neste momento e treinam, não sentiu que num determinado(s) dia(s) o corpo (força e vontade) respondia de forma extraordinária? Pois é, trata-se de um momento de exaltação em resposta a  um processo de adaptação do organismo aos estímulos a que foi sujeito e chama-se supercompensação. Porém, se os estímulos fortes persistirem de forma descontrolada, sem darem lugar ao reequilíbrio homestático, o risco da acumulação de fadiga é elevado, podendo levar à fadiga crónica. No processo de treino, o organismo tende a reequilibrar-se. Faz parte da nossa natureza; fisiológica, biológica e psicológica. É um mecanismo defensivo, igualmente. Daí a importância no doseamento de estímulos fortes e estímulos menos fortes ou mesmo fracos, isto é, treinos com carga elevada, com treinos com carga média ou treinos de recuperação, para possibilitar ao organismo a sua adaptação, de forma gradual e progressiva, a novos níveis de resposta fisiológica e psicológica, preservando as funções vitais que garantem o nosso bem estar, nomeadamente as funções cardíaca e respiratória, mas também as funções que nos permitem pensar, tomar decisões e relacionar com os outros de modo equilibrado e natural. É importante que na mesma semana de treino (microciclo), a carga seja orientada entre estímulos muito fortes, médio/fortes e fracos; também é igualmente importante que a carga de treino mensal (mesociclo) preveja um ou dois microciclos de recuperação, claramente baseados em estímulos menos fortes. Isto é especialmente importante para os atletas veteranos, que, como eu, procuram  conciliar o prazer de competir com a melhoria do nível competitivo. Quero com isto dizer que a fadiga levada ao extremo ou a sua acumulação sem o necessário processo intercalar de recuperação, pode retirar-nos a vontade própria, retirar-nos o apetite, por exemplo; retirar-nos o discernimento para a tomada de decisões e retirar-nos a capacidade de socializar, podendo mesmo levar ao abandono da actividade. Por isso, é muito importante dar a devida atenção ao fenómeno do overtraining, também ele um processo de defesa do próprio organismo na tentativa da procura do equilíbrio homestático, como já foi referido. Porém, não se pense que o overtraining ou sobretreino se deve unicamente a erros processuais de treino. Conjugado com aqueles, há o modo de vida, o meio ambiente, os problemas de saúde, os problemas afectivos. Mas isso, vai ficar para outro momento, bem como outros aspectos relacionados com esta problemática.

A razão da apresentação do vídeo da declaração da nossa grande Vanessa Fernandes, que encontrei por acaso no sítio da RTP, um destes dias, não pretende concluir nada relativamente ao que a Medalha de Prata em Pequim afirma. Tenho para mim próprio uma opinião, que não irei divulgar, por razões éticas, por respeito e dignidade, e porque essa opinião carece do contexto próprio que obrigatoriamente deve ser tido em conta na análise da situação. E também, porque "quem sou eu?" No entanto, e ouvindo o que a Vanessa Fernandes diz, bem que se poderia tratar de um caso de overtraining, assim, descontextualizado.

Nota final (para fazer comichão num qualquer cotovelo): hoje (2ªfeira, 5.04) fiz o meu trabalho de casa para evitar cair na teia do sobretreino, e então, fui nadar em águas abertas, na praia de Comporta, mais precisamente. Ali para os lados de Troia, não sei se estão a ver...;))

Bons treinos!!



Diferenças...

03/04/10



 Encontro-me em Lisboa, minha terra natal. Claro, trago as "minhas meninas" comigo (bicicletas), mais a tralha restante para treinar, e ainda o espírito disciplinado do treino. Por isso, resolvi escrever sobre esta minha experiência que foi nadar na piscina olímpica do Jamor. Simplesmente espectacular! Não tem nada a ver. A piscina onde normalmente treino é um equipamento virado para o lazer familiar. Esposende assim quis apostar e não tenho nada contra, até porque em termos comerciais o resultado dá-lhe toda a razão. Mas, hoje senti uma grande diferença a vários níveis e de que resulta uma evolução ao nível do preparo de um atleta para a competição, em vários parâmetros; fisiológico, psicológico e social
A primeira grande diferença foi o ritmo do nado; em Esposende ficam muito admirados por haver alguém a nadar mais de quinze minutos consecutivos. Pois! A segunda grande diferença é que não me sinto um alienígena; praticamente toda a gente que estava dentro de água usava palas ou barbatanas. Em Esposende se apareço com palas e/ou barbatanas sou um ser de um outro sistema solar qualquer. A terceira diferença tem a ver com as distâncias entre cada viragem. Em Esposende, tenho algumas vezes de nadar em distâncias de 12,5m, porque não há pistas e há muita gente a boiar livremente dentro d'água, em pacote familiar ou em modo avulso. A temperatura da água também é diferente, mas isso não me afecta; assim como o preço (quase €7, entrada avulso), terrível!! ainda falam em democratizar o desporto, dizem que é para todos. Em Esposende não é tão caro, mas também não é barato (quase €5 a entrada avulso). Em Esposende tenho a opção do rio Cávado, quando de feição (temperatura e agitação), para o treino em águas abertas. Em Oeiras, tenho mesmo a praia de Oeiras, também se de feição. Há outras diferenças; em Esposende tenho piscina exterior (45m), tenho jacuzzi, tenho jacto de água, mas as referidas são as mais significativas.






Conclusão: adorei treinar na piscina olímpica  do Jamor. As quebras no ritmo são menores porque menos viragens, os estímulos para treinar são mais efectivos, porque há gente a treinar e a treinar de modo empenhado.  No momento em que dei entrada nas instalações, cruzei-me com o pessoal do "Triatlo de Almada", algumas caras conhecidas, um olá aqui, outro acoli e cada um foi à sua vida.

Para acabar em beleza, treino de BTT pelo monte do Jamor, adjacente à piscina, revendo os trilhos do duatlo do Jamor, por vezes deparando-me com a bela paisagem que o atlântico nos oferece, outras vezes vislumbrando os equipamentos desportivos do complexo desportivo, lá em baixo e, claro, o Estádio Nacional Não dá para treinar muitas vezes nos trilhos que o Jamor oferece, pelo menos para mim, devido ao carácter repetitivo a que nos obriga, mas de vez em quando e em jeito de revisão, sabe muito bem, como me soube hoje. Por isso vos aconselho, quando puderem.

Bom fim de semana.


XTerra Portugal: Previsão do Tempo e Start List (provisória)!

02/04/10



Como tem sido hábito, dou conhecimento das condições meteorológicas previstas para a hora da prova "XTerra Portugal". As condições do tempo não se antevêem  famosas; vento forte durante toda a prova, chuva para o seu início e temperatura desconfortável. Vamos esperar que até lá as condições se alterem.

(Fonte: Accuweather.com)

(Fonte: www.xterraportugal.com)


Os segmentos que vos esperam:
XTERRA

Natação

Altimetria

Run / Corrida
(Fonte: www.xterraportugal.com)

Votos de excelente prestação e, mais que a soma do todo, muita diversão!


Abril, 1

01/04/10



O anúncio da entrevista com Lance Armstrong  foi, obviamente, uma partida alusiva ao dia que agora finda. Espero que não me tenham levado a mal e que não me tenham em descrédito. Agradeço a colaboração, involuntária, de Miguel Andrade (um abraço, Miguel). 

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Amanhã, Entrevista (imaginem só!!) com...LANCE ARMSTRONG!!



Pois é, o impensável aconteceu: um email conseguido por portas e travessas, uma resposta, outro email para esclarecer os propósitos e...aí está, a entrevista (possível,claro). Amanhã explico o restante.