À chegada! |
E está feito. Mais um randonneur de 200 kms. Já havia realizado no ano passado, gostei e quando assim é repete-se. Mas, nada se repete exactamente. Este ano, talvez pela força de uma maior divulgação ou publicitação junto dos mais directos personagens envolvidos nestas andanças, verificou-se duas alterações significativas, ambas para melhor: mais participantes. Arrisco até dizer que mais do dobro do ano transacto. E duas mulheres, sendo que uma nunca lhe pus a vista em cima. A outra sim, uma norueguesa que fez jus à sua nacionalidade.
A tal da Noruega! |
Este conceito, já o havia referido na edição do ano transacto, é muito interessante, e não fosse este meu vício pelo triatlo, talvez estivesse aqui uma actividade que não me daria tanto desgaste traumatológico, psicológico e de outros "lógicos". Olha, vai ficar assim na prateleira, porque nunca se sabe o dia de amanhã. Vocês sabem ao que me refiro.
Sabiam que há "caramelos" que fazem BRM de 1000 e tal kms, em tempos que invejariam qualquer competidor de qualquer modalidade ciclística? Segundo revelaram, ainda há pouco tempo, em terras napoleónicas, houve um BRM em que os primeiros a chegar ao destino não dormiram durante duas noites!! É assim; não tem competição, porque o espírito é cada um ir no seu próprio andamento, só que há gente cujo andamento é muito, mas muito elevado. O que quero dizer é que esta actividade não é coisa de meninos. Para se fazer um BRM 600, por exemplo, é preciso fazer kms a perder de vista.
Hoje tinha traçado um plano, uma vez que em três dias fazer cerca de 400 kms não é propriamente o que usualmente faço. Portanto, ir com o grupo e deixar-me daquelas graças do ano passado em que, com a colaboração de um jovem, andamos ali como se de um treino puxadinho se tratasse. O início veio dizer-me
O início, com tempo bem fresco. |
que aquele andamento, o do grupo, era realmente muito baixo. Vai daí, eu mais um grupo animado, lá puxamos mais a carroça e chegamos a Valença a hora de comer a sopinha ainda quente. Quando nos preparávamos para retomar o andamento, chegaram então os restantes elementos, ou quase todos. E lá fomos até chegar a Marinhas, local de partida e de chegada num tempo de 7h e 41', mais coisa menos coisa. E aqueles receios que tinha à partida de me sentir demasiado massacrado, em termos musculares, essencialmente, por via do treino de 5ª feira, não se verificou. Conclusão: mais um ano de treinos regulares em cima da bicla faz muita diferença.
A volta, exactamente igual à do ano passado, cruza zonas de muita beleza, e é um passeio muito gratificante feito na companhia de pessoal muito agradável, com bom espírito. Aliás, precisamente por isso voltei. E muito provavelmente irei estar presente no próximo BRM, esse de 300 kms, com saída agendada para as 5h30' da matina!! Essa é capaz de doer mais que a própria distância em si. A ver vamos.
Depois conto a estória. Abraços triatléticos de quem nunca mais vê a hora de ouvir a corneta soar.
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